Refugiado dá nome de chanceler alemã a filho, e fica barrado na Macedônia
![Refugiado sírio deu nome de Merkkel a bebê em homenagem à chanceler alemã - Darko Vojinovic/AP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/5f/2016/03/11/refugiado-sirio-deu-nome-de-merkkel-a-bebe-em-homenagem-a-chanceler-alema-1457744150914_615x300.jpg)
O refugiado sírio Yousif Shikhmous tem um sonho: morar na Alemanha. Sua vontade é tão grande que, segundo a agência de notícias Associated Press, nomeou seu filho de Merkkel. Sim, apesar da diferença na escrita, foi uma homenagem para a chanceler alemã Angela Merkel e uma forma de comemorar sua nova vida no país europeu. O problema é que até agora nada do que sonhava virou realidade.
Enquanto espera para entrar oficialmente na Europa, o tempo passa: o jovem garoto Merkkel já tem quatro meses. O problema é que a cada nova notícia – e nova restrição contra refugiados – a situação parece pior para a família Shikhmous.
Yousif, 32, Dilan Haji, sua mulher de apenas 20 anos, e o jovem garoto pegaram o que atualmente é chamado de "O Último Trem para a Europa". A família estava no meio do grupo de 400 refugiados da Síria e do Iraque que foram os últimos a conseguir entrar na Macedônia a partir da Grécia, ponto de saída dos refugiados.
Travados na Macedônia
Foi na Macedônia que suas esperanças se esmaeceram. Após chegarem à fronteira com a Sérvia, o grupo ficou em um limbo, depois que as nações balcãs passarem a fechar suas divisões. Agora, estão em uma espécie de "terra de ninguém" junto a milhares de pessoas em condições deploráveis.
A família Shikhmous levou dois meses para conseguir fugir da guerra civil síria. A jornada começou com o nascimento do filho na cidade de Hasaka, no norte do país do Oriente Médio. A aventura passou ainda pela Turquia, pelo perigoso mar Egeu e pela Grécia. Na fronteira da Macedônia com a Sérvia, o sonho europeu é barrado.
Com apenas quatro meses, Merkkel está há quase uma semana no acampamento de fronteira do país. No local, muitas crianças adoecem e ficam com febre devido às condições insalubres de vida. O sonho de sua família, contudo, segue vivo para quem sabe um dia o garoto ficar mais próximo de sua xará.
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