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Sanders se une a Hillary e diz que estará em "todos os cantos" dos EUA para apoiá-la

Brian Snyder/Reuters
Imagem: Brian Snyder/Reuters

Do UOL, em São Paulo

12/07/2016 13h27

O senador democrata Bernie Sanders anunciou nesta terça-feira (12) seu apoio oficial à candidata democrata Hillary Clinton, sua rival nas prévias do partido nas eleições presidenciais de 2016. Os dois discursaram juntos em um comício de Hillary em Portsmouth, New Hampshire, sob o slogan de "stronger together" ("mais fortes unidos").

Depois de uma acirrada disputa nas prévias, Sanders reconheceu a vitória de Hillary, dias antes da convenção democrata que a nomeará oficalmente como candidata. "Vou fazer tudo que posso para que ela seja a próxima presidente dos Estados Unidos. Estarei em todos os cantos do país para garantir que ela seja eleita", disse Sanders.

Sanders também afirmou que, apesar das divergências que marcaram as campanhas --"isso é democracia", disse o senador--, os dois passarão a trabalhar juntos por uma nova vitória democrata. "Houve uma aproximação significativa entre as duas campanhas e produzimos juntos, de longe, a plataforma mais progressista da história do Partido Democrata."

No discurso de Hillary e Sanders, ambos aproveitaram para atacar Donald Trump. "Essa eleição é sobre unir as pessoas, não dividi-las. Enquanto Trump está ocupado insultando mexicanos, muçulmanos, mulheres, negros e veteranos, Hillary entende que nossa diversidade é uma de nossas maiores forças."

Apesar das falas em torno de união, houve resistência de apoiadores de Sanders durante o comício em New Hampshire --Estado que teve vitória do senador nas primárias democratas.

Segundo a agência "Associated Press", alguns deles presentes no ginásio gritaram que não votariam em Hillary e se decepcionaram com o apoio. "É como se ele [Sanders] estivesse desistindo. Ela é contra tudo que eu apoio", disse o vendedor Steve Rand à AP.

Senador por Vermont, Sanders resistiu por algum tempo em endossar a ex-secretária de Estado desde que ela alcançou o número de delegados necessários para a nomeação democrata, no mês passado.

Posicionado mais à esquerda que Hillary e com um discurso que atacou Wall Street e a desigualdade social em sua campanha, ele negociou concessões para sua agenda política progressista antes de oficializar seu apoio.