Premiê britânica diz que autor de ataque havia sido investigado por extremismo
A premiê britânica, Theresa May, afirmou nesta quinta-feira (23) que o autor do atentado próximo ao Parlamento já havia sido investigado pelos serviços de inteligência do país.
O ataque começou quando o agressor atropelou pedestres na ponte Westminster, que cruza o rio Tâmisa e dá acesso ao Parlamento, deixando dois mortos. Em seguida, o motorista bateu com o carro contra as grades do Parlamento, esfaqueou e matou um policial, que estava desarmado, e foi morto pelas forças de segurança. Entre as 40 pessoas que ficaram feridas, 29 ainda estão hospitalizadas, sete delas em estado crítico.
A polícia o identificou [terrorista] e posso dizer que ele nasceu no Reino Unido e foi investigado pelo MI5 [agência de inteligência britânica] por suspeita de extremismo violento. Não houve informação de inteligência que ele cometeria um ato [terrorista]
Theresa May, em discurso no Parlamento.
A premiê também afirmou que o grau de alerta terrorista no país permanece "severo", o segundo nível mais alto, abaixo de “iminente”. Ela disse que o homem agiu sozinho, possivelmente inspirado pelo que ela chamou de "ideologia islamista". “Sabemos que a ameaça de terrorismo islamita é muito real. Mas, ao mesmo tempo que o público precisa ficar alerta, não deve e nem será acovardado por essa ameaça.”
May confirmou que a polícia britânica realizou oito prisões na noite de quarta, em seis endereços nas cidades de Birmigham e Londres, de pessoas que podem ter algum tipo de conexão com o ataque.
A chefe do Parlamento ainda divulgou a nacionalidade de alguns dos cerca de 40 feridos na área, um dos maiores pontos turísticos de Londres: 12 britânicos, dois romenos, quatro sul-coreanos, um alemão, um polonês, um irlandês, um chinês, um italiano, um norte-americano e dois gregos.
Ela abriu o discurso dizendo que o país “não está com medo”. “A democracia sempre vai prevalecer. Esses valores incluem liberdade de expressão, direitos humanos e respeito à lei, que se manifestam aqui e são compartilhados pelas pessoas livres pelo mundo”, disse.
"Um terrorista veio ao lugar onde pessoas de todas as nacionalidades e culturas compreendem o que significa ser livre e descontou sua raiva indiscriminadamente contra homens, mulheres e crianças inocentes", acrescentou.
Já a rainha Elizabeth 2ª expressou nesta quinta seus pêsames a "todos aqueles afetados pela terrível violência de ontem", em um comunicado no qual anunciou a suspensão de uma visita ao quartel-general da polícia.
A ponte de Westminster e a área adjacente ao Parlamento ainda estavam isoladas na manhã desta quinta-feira, e uma fileira de investigadores examinava de joelhos o local onde o agressor foi abatido.
Observou-se um minuto de silêncio no Parlamento e diante da sede da polícia da Nova Scotland Yard às 9h33 (horário local) em homenagem às vítimas -- 933 era o número do uniforme de Keith Palmer, o policial morto.
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