Veja quais países apoiaram e quais se opuseram ao ataque dos EUA na Síria
Os líderes dos principais países da Europa demonstraram apoio ao bombardeio dos Estados Unidos contra a base militar síria de Shayrat, perto da cidade de Homs, mas advertiram o presidente Donald Trump de que a ação deve ser "limitada" para evitar uma escalada na tensão.
Rússia e Irã, aliados do ditador sírio Bashar al-Assad na guerra civil que assola o país, condenaram os ataques. A China também se opôs ao bombardeio.
A operação norte-americana desta sexta-feira (7) foi uma resposta ao ataque químico realizado na última terça-feira (4) na província de Idlib e atribuído ao mandatário da Síria, Bashar al Assad, que deixou mais de 80 mortos, incluindo 30 crianças. Segundo o governo sírio, o bombardeio americano desta sexta matou nove civis.
Em pronunciamento, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que foi um "ataque vital de segurança nacional", já que classificou como inaceitável a atitude do governo sírio em ferir com gás neurotóxico "homens, mulheres e crianças indefesos".
França - a favor
A França, aliada dos EUA na guerra da Síria, apoiou a operação norte-americana. "Considero que esta operação foi uma resposta", disse o presidente François Hollande.
"Agora, deve prosseguir em nível internacional, se for possível no âmbito das Nações Unidas, para que possamos sancionar Bashar al-Assad e evitar que voltem a ser utilizadas armas químicas", declarou o presidente francês.
Rússia - contra
A Rússia, aliada do regime Assad, se opôs ao ataque e pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, que deve ser realizada ainda nesta sexta. O Exército russo também anunciou que as defesas antiaéreas do Exército da Síria devem ser reforçadas.
"Com o objetivo de proteger as infraestruturas sírias mais sensíveis, vamos adotar uma série de medidas o mais rápido possível para reforçar e melhorar a eficácia do sistema de defesa antiaérea das Forças Armadas sírias", declarou o porta-voz do Exército russo, Igor Konachenkov.
Alemanha - a favor
A chanceler alemã, Angela Merkel, expressou nesta sexta-feira "compreensão" pela operação dos EUA disse que o presidente sírio é o "único responsável" pelos ataques norte-americanos. "Quem usa armas químicas sabe que comete um crime de guerra", disse a líder da Alemanha, que também é aliada dos EUA na Guerra da Síria.
Irã - contra
Aliado de Assad, o Irã se opôs de forma enfática aos ataques. O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, acusou os Estados Unidos de utilizar "falsas alegações" para atacar a Síria e de estar "do lado" dos grupos Al Qaeda e Estado Islâmico.
"Os Estados Unidos ajudaram [o ex-presidente iraquiano] Saddam Hussein a usar armas químicas contra o Irã nos anos 1980. Depois disso, usaram de falsas alegações quanto a armas químicas para atacar o Iraque em 2003, e agora a Síria", tuitou Zarif. "Menos de duas décadas depois do 11 de Setembro, os militares americanos lutam ao lado da Al Qaeda e do Estado Islâmico no Iêmen e na Síria."
Reino Unido - a favor
Outro aliado americano na coalizão que participa da guerra na Síria, o Reino Unido expressou apoio ao ataque. Um porta-voz da primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que a ação militar é "a resposta apropriada" à agressão "selvagem" realizada pelo Exército sírio contra civis com armas químicas.
China - contra
A China, cujo premiê, Xi Jinping, está reunido nesta sexta com o presidente norte-americano, Donald Trump, na Flórida se manifestou contrária ao bombardeio, sem repudiar enfaticamente os Estados Unidos.
"A China sempre se opõe ao uso de força em assuntos internacionais e defendemos que as questões sejam resolvidas pacificamente, por meio de diálogos. Sempre consideramos que o tema da Síria deve ser resolvido por meios políticos", declarou uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.
Turquia - a favor
A Turquia, vizinha da Síria e opositora de Assad na guerra civil, defendeu a saída imediata do ditador, expressando apoio aos Estados Unidos. O vice-premiê turco, Numan Kurtulmus, chamou a operação de "positiva" e ainda afirmou que ela deveria continuar até a derrubada do regime.
Segundo Kurtulmus, a criação de zonas seguras para proteger os civis é mais importante agora do que nunca.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.