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Sobe para 22 número de mortos em atentado na saída do show de Ariana Grande

Do UOL, em São Paulo

22/05/2017 21h16Atualizada em 23/05/2017 15h26

A polícia de Manchester confirmou nesta terça-feira (23) que subiu para 22 o número de pessoas mortas no atentado na Manchester Arena, no Reino Unido, onde a cantora Ariana Grande se apresentou na noite de segunda. Ao menos outras 59 ficaram feridas e foram atendidas em hospitais da região. Há crianças entre as vítimas, apesar da polícia não ter confirmado o número preciso. De acordo com a polícia, o ato foi cometido por uma única pessoa, que morreu na explosão.

Testemunhas dizem ter ouvido "um enorme barulho" no fim do show. Nas redes sociais, há relatos de pânico dentro e fora do local. A polícia pediu que a população evite a região. Representantes da Manchester Arena confirmaram que o ataque ocorreu do lado de fora do local, em espaço público. A arena, que tem capacidade para 21 mil pessoas, estava lotada para o concerto, que atrai público jovem, de crianças e adolescentes. 

A polícia confirmou que um dispositivo suspeito foi encontrado nos arredores da arena e detonado pelo esquadrão antibomba. Posteriormente, a polícia informou que se tratava de uma peça de roupa abandonada. Em entrevista coletiva, a polícia não confirmou o que provocou a explosão --sob anonimato, fontes nos EUA afirmam que teria sido um homem-bomba.

Representantes da cantora confirmaram que ela não foi ferida. Ariana Grande tinha terminado de cantar a última música e deixado o palco quando o barulho foi ouvido. Ela tem dois shows marcados no Brasil em junho e julho, no Rio e em São Paulo. Não há informação oficial se haverá alteração nesse calendário. De acordo com o site TMZ, ela suspendeu todo o restante da turnê europeia, que previa outro show em Londres na quinta e ainda apresentações na Bélgica, Polônia, Alemanha e Suíca. No Twitter, a cantora disse estar "ferida. do fundo do meu coração, sinto muito. não tenho palavras"

Hannah, uma das pessoas que estava no show, disse ao jornal britânico "The Guardian" que houve "uma explosão muito alta, ouvida de dentro da arena". "Todo mundo gritava e tentava sair do local", disse ela sobre o tumulto ocorrido. Segundo ela, "quando saímos, a polícia estava vindo na direção da arena, e todos os arredores da estação de trem Victoria estavam cercados por policiais". 

Outra espectadora, Isabel Hodgins, disse à Sky News que "cheirava a queimado, tinha muita fumaça quando saímos". "Estamos apavoradas, tivemos sorte de sair sãs e salvas", acrescentou.

Elena Semino e o marido aguardavam pela filha do lado de fora da arena quando ocorreu a explosão. Ela foi ferida no pescoço e nas pernas, mas só buscou socorro médico depois que conseguiu encontrar sua filha. "Só vi corpos por toda a parte", disse Elena.

Alguns relatos nas redes sociais falam em pessoas cobertas de sangue e em lágrimas e que os barulhos identificados como explosões foram ouvidos já no fim do espetáculo.

"Eu e minha irmã, assim como muitos outros, estávamos vendo o show de Ariana Grande na Manchester Arena e estávamos todos saindo do local quando, por volta de 22h40 [horário local], um grande barulho parecido com explosão assustou todo mundo", disse a testemunha Majid Khan ao jornal "The Independent".

Segundo a BBC, moradores da cidade britânica estão oferecendo acomodação às pessoas que ficarem retidas na cidade, com a hashtag #RoomForManchester no Twitter.

O alerta de ameaça de atentados no Reino Unido é "severo", o segundo mais elevado das autoridades, e significa que é altamente provável a ocorrência de atentados. O primeiro grau é "crítico", que se ativa em caso de ameaça iminente.

O último ataque no Reino Unido ocorreu em março, quando um homem lançou seu carro na direção de pedestres que passeavam perto do Parlamento, antes de matar um policial que vigiava o edifício, deixando no total seis mortos. O agressor foi executado no local do ataque.