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"Neonazistas e supremacistas brancos são repugnantes", diz Trump em pronunciamento

O presidente dos EUA, Donald Trump, faz pronunciamento na Casa Branca - Nicholas Kamm/ AFP
O presidente dos EUA, Donald Trump, faz pronunciamento na Casa Branca Imagem: Nicholas Kamm/ AFP

Do UOL, em São Paulo

14/08/2017 13h52Atualizada em 14/08/2017 14h54

O presidente dos EUA, Donald Trump, fez uma condenação forte e direta ao ataque que ocorreu em Charlottesville, na Virgínia, nesse final de semana. "O KKK [Klu Klux Klan], neonazistas, supremacistas brancos e outros grupos de ódio são repugnantes para tudo que defendemos como americanos", disse nesta segunda-feira (14).  "Racismo é mal e aqueles que causam violência em seu nome são criminosos e bandidos", acrescentou.

"Para qualquer um que agiu criminosamente na violência racista deste final de semana, você será plenamente responsabilizado. A Justiça será feita", acrescentou.

"Nós somos uma nação fundada na verdade de que todos nós somos criados iguais. Nós somos iguais aos olhos do Criador. Nós somos iguais perante a lei. E nós somos iguais sob a Constituição. Aqueles que espalham violência em nome da intolerância ataca a essência da América", afirmou.

"Racismo não tem espaço na América", acrescentou. "Não importa a cor de nossa pele, nós todos vivemos sob as mesmas leis".

Trump fez o pronunciamento na sala de recepção diplomática na Casa Branca após um encontro com o procurador-geral Jeff Sessions e o diretor do FBI Christopher Wray sobre os acontecimentos de sábado.

Grupos de diferentes perfis políticos pediram para Trump condenar o nacionalismo branco quando ele fez seu primeiro comunicado sobre Charlottesville, na Virgínia, no sábado.

Os protestos começaram na noite de sexta-feira e se intensificaram no sábado. Durante uma marcha de antirracistas, quando a situação já havia acalmado, um carro avançou contra os manifestantes em alta velocidade, matando uma mulher de 32 anos e deixando 19 feridos. O motorista foi preso logo após o crime. Ele foi identificado como James Alex Fields, 20 anos, de Maumee, Ohio, e responderá a acusação de assassinato em segundo grau (intencional, mas não planejado com antecedência). A polícia não divulgou qual teria sido a motivação alegada pelo suspeito para cometer o ataque.

Na ocasião, um discurso em Bedminster, Nova Jersey, Trump condenou a violência de forma geral, sem citar os neonazistas e racistas que organizaram a marcha "Unir a Direita" para reunir membros da extrema direita de todo o país, gritando palavras de ordem contra judeus, negros e gays, entre outros grupos.

"Condenamos nos termos mais contundentes essa atroz mostra de fanatismo, racismo e violência de vários lados. Vários lados", disse o presidente. "Não importa nossa cor, crença, religião e partido político: somos 'todos os americanos primeiro'." Trump também cobrou a restauração da "lei e ordem" nos Estados Unidos.

"Isso já está acontecendo há muito tempo no nosso país, não na época de Donald Trump ou de Barack Obama. Está acontecendo há muito, muito tempo", disse Trump, que não respondeu perguntas de jornalistas sobre a participação de nacionalistas brancos nos protestos, inclusive de pessoas que o apoiaram publicamente nas eleições do ano passado.

Hoje, Trump citou as vítimas em seu discurso e disse que a morte de Heather Heyer, que morreu no atropelamento, "nos enche de tristeza. Sobre os dois policiais que morreram em um acidente de helicóptero à tarde, trump disse qu eeles "exemplificam o melhor da América".

"Em tempos como estes, a América tem mostrado o seu verdadeiro caráter -- respondendo o ódio com amor, divisão com unidade e violência com uma determinação inabalável pela justiça", disse nesta segunda-feira.