Furacão Harvey deixa mortos e inundações devastadoras no Texas
O furacão Harvey --que se enfraqueceu e já se transformou em tempestade tropical-- deixou ao menos cinco mortos e dezenas de feridos ao passar pela cidade de Houston, no Texas, segundo o Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos.
A previsão é que o fenômeno provoque ventos de até 75 km/h e continue causando danos com "inundações devastadoras" nos próximos dias em Houston, a quarta maior cidade dos EUA com 2 milhões de habitantes.
Apesar de o boletim do órgão norte-americano mencionar cinco mortes, o escritório do Xerife do condado de Harris, ao qual Houston pertence, só confirmou uma única vítima fatal. Ela é uma idosa que morreu ao dirigir por ruas inundadas do lado oeste de Houston.
O veículo da mulher, que não teve a identidade revelada, ficou preso em uma região com um nível de água muito alto. Ela não conseguiu sair do automóvel e morreu no local.
A primeira vítima do furacão foi registrada na pequena cidade de Rockport, a primeira atingida pelo fenômeno climático na sexta-feira (25), onde o Harvey passou com ventos de 215 km/h.O morto, que também não teve a identidade revelada, ficou preso em casa durante um incêndio, segundo as autoridades locais.
No Twitter, o xerife do condado de Harris, o democrata Ed González, afirmou que o número de mortos pode aumentar e revelou que os serviços de emergência estão atendendo dezenas de ligações em Houston por causa das tempestades geradas pelo Harvey.
Harvey deixou em sua passagem estradas submersas, casas sem telhados e postes arrancados. Agentes da Polícia de Houston chegaram a evacuar dois complexos de apartamentos, de onde resgataram mais de 50 crianças das inundações, informou o jornal local "Houston Chronicle".
Em Port Aransas, abandonado por seus habitantes, vários barcos foram parar no meio das ruas. O Hobby International, um dos aeroportos de Houston, anunciou o cancelamento de todos os voos por causa da quantidade de água nas pistas, enquanto que o George Bush International operava de forma limitada.
"Estão ocorrendo inundações súbitas, catastróficas, com ameaça para a vida", advertiu o Serviço Meteorológico Nacional no Twitter. "É uma situação extremamente perigosa", enfatizou.
Perda de força
Após atingir o território americano como um furacão de categoria quatro (de uma escala máxima de cinco) na sexta-feira (25) --o mais poderoso a atingir os Estados Unidos desde 2005--, Harvey se degradou para tormenta tropical, com ventos de cerca de 110 km/h.
Seu lento avanço pela região - a apenas 4 km/h - o torna muito perigoso, devido às "chuvas torrenciais" que devem castigar a área por vários dias.
O furacão está provocando "inundações extremamente sérias", anunciaram as autoridades meteorológicas. As chuvas de mais de 1.000 milímetros em algumas comunidades podem se prolongar até quinta-feira (31), causando "inundações catastróficas e ameaçadoras para a vida".
No sábado, o presidente Donald Trump convocou as equipes de emergência a "se manterem totalmente mobilizadas", porque as consequências do Harvey serão sentidas durante vários dias, segundo a Casa Branca.
Harvey continuará afetando a região de grande produção de petróleo. Na costa texana, concentra-se quase um terço da atividade de refino de petróleo dos Estados Unidos. O Golfo do México representa 20% da produção do país.
Segundo boletim de sábado, 112 plataformas foram evacuadas - o correspondente a 24,5% da produção diária de cru, e a 26% da de gás.
O Harvey fez reviver nos Estados Unidos o trauma do furacão Katrina, que causou graves inundações e deixou 1.800 mortos, em 2005, em Nova Orleans (sul), no Estado vizinho de Louisiana. Na época, o presidente George W. Bush foi duramente criticado por sua lentidão e atuação tardia para ajudar uma região muito carente e de maioria afro-americana. (*Com informações de agências de notícias)
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