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Veja como estão as obras do futuro maior aeroporto do mundo, que abre em 2019 na China

Aeroporto em construção na cidade de Daxing, na China - Jason Lee/Reuters - Jason Lee/Reuters
Imagem: Jason Lee/Reuters

Do UOL, em São Paulo

18/10/2017 15h23

Pequim apresentou nesta semana imagens do que deve ser o o maior aeroporto do mundo em sua inauguração, prevista para outubro de 2019. O novo aeroporto de US$ 12,14 bilhões na cidade de Daxing, na parte sul da região metropolitana, terá capacidade para receber até 100 milhões de passageiros por ano, e terá sete pistas.

O mega-aeroporto se tornará o maior hub da aviação do mundo e terá 47 km². "Se alinharmos os portões, temos cerca de 5 km", disse o porta-voz do projeto, Zhu Wenxin.

Os progressos na construção do aeroporto foram anunciados na mesma semana em que o Partido Comunista se prepara para iniciar o seu 19º Congresso, evento que ocorre duas vezes a cada dez anos. O Congresso decide quem comandará o governo chinês nos próximos anos, e Xi tem a chance de enfatizar seus projetos e os sucessos alcançados nos últimos cinco anos.

O novo aeroporto deve aliviar a pressão sobre o já existente de Pequim, ao nordeste da capital chinesa e atualmente o segundo maior em volume de passageiros no mundo. Ele foi aberto em 2008, antes dos Jogos Olímpicos de Pequim. Este aeroporto continuará a operar os grandes voos internacionais.

Um trem de alta velocidade, com uma velocidade máxima de 350 km por hora, ligará Pequim ao aeroporto, além de uma grande via expressa.

Concorrência maior

As três maiores empresas aéreas da China atualmente dominam suas sedes regionais: a Air China controla Pequim, a China Eastern Airlines mantém influência no centro financeiro de Xangai e a China Southern Airlines comanda a porta de saída das exportações em Guangzhou. Até agora.

O novo aeroporto será base das integrantes da aliança SkyTeam, um grupo global de companhias aéreas que inclui a China Eastern e a China Southern. As duas aéreas chinesas terão permissão para capturar 40% dos passageiros do aeroporto, ganhando horários cobiçados para a Europa e para os EUA no território da Air China.

A invasão das rivais regionais da Air China também gera repercussões fora da China. Além de dominarem suas bases domésticas, as três grandes empresas chinesas criaram uma posição no exterior. A Air China, por meio dos laços da Star Alliance com a Deutsche Lufthansa e a United Continental Holdings, comanda muitas rotas para a Europa e a América do Norte. A China Eastern é a maior empresa a voar para o Japão e a Coreia do Sul. E a China Southern é forte na Austrália e no Sudeste Asiático.

Com o acesso a mais slots em Pequim, a China Southern e a China Eastern possivelmente conseguiriam mais acesso às lucrativas rotas norte-americanas, enquanto suas parceiras da SkyTeam teriam um acesso melhor à capital chinesa. Além disso, a China Southern, a maior companhia aérea do país, poderia atrair o trânsito de suas conexões no Sudeste Asiático para voar para os EUA via Pequim. (Reuters e Bloomberg)