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80% de Raqqa fica destruída após derrota do Estado Islâmico; veja vídeo

Entenda a origem do Estado Islâmico

AFP

Do UOL, em São Paulo

20/10/2017 12h04

Imagens áreas mostram como ficou a cidade de Raqqa, na Síria, após a vitória das Forças Democráticas Sírias sobre o Estado Islâmico na cidade, consolidada na última terça-feira (17). Ocupada pelo grupo terrorista desde 2014, Raqqa era considerada a capital do 'califado', na área dominada pelo EI na Síria e no Iraque, e foi palco do planejamento de atentados e ações do grupo.

Segundo a ONU, cerca de 80% da cidade síria está destruída ou inabitável. Praticamente não há sinal de vida; os moradores fugiram do local após a intensificação dos combates entre o Estado Islâmico e os militantes das FDS, formadas por curdos e árabes e com apoio dos Estados Unidos.

A ofensiva das FDS contra a cidade EI durou mais de quatro meses. Antes disso, Raqqa já era alvo de bombardeios da coalizão americana.

A administração da cidade, em ruínas e sem habitantes, será assumida em breve pelo Conselho Civil de Raqqa, um corpo que reúne lideranças locais criado há seis meses. Eles assumirão o controle de uma cidade fantasma sem serviços básicos ou infraestruturas.

A operação começa com a limpeza das minas terrestres e dos escombros e a busca de possíveis células jihadistas. Depois, o Conselho se concentra na reestruturação de Raqqa, com a abertura de estradas e a reparação dos sistemas de abastecimento de água e energia. Aos poucos, os moradores retornarão à cidade.

Com a perda de Raqqa, o Estado Islâmico tem seu território cada vez mais reduzido. Em julho, já havia perdido sua segunda maior cidade, Mossul, no Iraque.

Na Síria, o grupo ainda está presente, em número limitado, no centro e na periferia sul de Damasco. Sua última fortaleza é agora a província de Deir Ezzor, no leste, na fronteira com o Iraque, onde enfrentam duas ofensivas: uma liderada pelas forças do regime sírio apoiadas pela Rússia, e outra pelas FDS, apoiadas pela coalizão internacional.