Confronto entre polícia e muçulmanos no Paquistão deixa 150 feridos
Cerca de 150 pessoas ficaram feridas neste sábado (25) durante uma operação das forças de segurança para dispersar um protesto de muçulmanos. Há 18 dias o grupo bloqueia uma das principais entradas de Islamabad, capital do Paquistão.
A polícia cercou o acampamento e usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. O ataque enfureceu os manifestantes religiosos, que atacaram as forças de segurança. Carros da polícia foram queimados durante o confronto.
"Os manifestantes usaram gás lacrimogêneo de qualidade superior e granadas. Como resultado, mais de 100 membros das agências de segurança ficaram feridos com gravidade", disse a polícia, além de acrescentar que pelo menos três viaturas foram queimadas.
Pelo menos 144 manifestantes foram detidos na operação, que começou nas primeiras horas da manhã e durou várias horas, com duros confrontos entre 5.500 agentes da polícia e de duas forças especiais e cerca de 1.500 seguidores do clérigo Khadim Hussain Rizvi, do partido Tehreek-e-Labbaik Pakistan.
"Para proteger vidas humanas, as agências de segurança suspenderam as operações por enquanto", disse a nota.
Cem membros das forças de segurança ficaram feridos na operação, e fontes do hospital Instituto de Ciências Medicas do Paquistão disseram à Efe que receberam 46 civis feridos.
Também houve protestos em outras cidades, como em Lahore, onde manifestantes foram às ruas contra a operação policial em Islamabad.
Rizvi e seus seguidores começaram o protesto devido a, em 2 de outubro, o Parlamento ter aprovado uma reforma da lei eleitoral na qual foi trocada uma parte do juramento de posse de cargos públicos sobre a crença de que "Maomé é o último profeta do Islã".
Três dias depois, o Parlamento voltou atrás e restabeleceu o artigo na forma original. O ministro tentou se aproximar dos extremistas afirmando em um vídeo que Maomé é o último profeta.
No entanto, os islamitas exigem a renúncia de Hamid e que sejam punidos os responsáveis pela mudança na lei, que consideram um ato de blasfêmia, uma perigosa questão no Paquistão.
(Com EFE)
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