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Em novo sistema de alerta de viagens, EUA recomendam "maior precaução" em visitas ao Brasil

Pilar Olivares/Reuters
Imagem: Pilar Olivares/Reuters

Do UOL, em São Paulo

10/01/2018 18h30

O novo sistema de alerta de viagens divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Departamento de Estado dos EUA coloca o Brasil na categoria dois, com recomendações para que turistas americanos "exerçam maior precaução". O sistema, que possui quatro categorias --precauções normais até a proibição de viagem-- indica os cuidados necessários e até mesmo regiões dos países que devem ser evitadas.

O Brasil está na mesma categoria de países europeus como Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca e Bélgica, devido à possibilidade de "ataques terroristas". Na América Latina, aparecem também na mesma classificação México, Colômbia, Belize, Nicarágua, República Dominicana, Jamaica, Bahamas e Guiana.

Países vizinhos como Argentina e Bolívia aparecem na categoria 1, com a recomendação de "precauções normais".

Apesar da categorização, os riscos indicados para viajar pelo Brasil não mudaram em relação ao último alerta emitido pelo Departamento de Estado dos EUA. O órgão recomenda que os turistas americanos evitem qualquer área a 150 km de distância das fronteiras brasileiras com Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Paraguai por conta da criminalidade. 

A recomendação anterior ainda sugere que o turista evite qualquer região de favelas em que policiais não atuem, nem mesmo para tours guiados. Além disso, aparecem na lista de restrições para o Brasil as cidades-satélite de Brasília (Ceilândia, Santa Maria, Sao Sebastião, and Paranoá) e, no Recife, a praia do Pina, localizada na parte norte de Boa Viagem.

Viagens liberadas para Cuba

Os Estados Unidos deixaram Cuba de fora da categoria "não viajar" no novo sistema de alertas, ainda que a situação entre os dois países não tenha mudado. O país agora aparece na categoria 3.

No último alerta sobre o país caribenho emitido pelo Departamento de Estado em 29 de setembro, com o sistema antigo, o governo americano pedia que seus cidadãos não viajassem a Cuba por causa dos supostos ataques sofridos na ilha por 24 funcionários da embaixada e familiares entre novembro de 2016 e agosto de 2017, agressões das quais os EUA ainda não encontraram uma causa, nem o culpado.

Para as nações da categoria 3, a de "reconsiderar a viagem", os Estados Unidos recomendam a seus cidadãos que "evitem viajar devido aos sérios riscos para a segurança". Nesse grupo há seis países latino-americanos: Cuba, Venezuela, Haiti, Honduras, Guatemala e El Salvador. Em relação à Venezuela, ainda existe uma advertência extra: "há áreas com riscos de segurança ainda mais altos".

A categoria 4 inclui os países onde existe "alta probabilidade de risco para a vida". Nessa categoria, os Estados Unidos incluem 11 nações: Coreia do Norte, Afeganistão, Irã, Iraque, Síria, Iêmen, Somália, Sudão do Sul, República Centro-Africana, Líbia e Mali.

O Departamento de Estado explicou que os Estados Unidos não podem proibir seus cidadãos de viajarem para qualquer país do mundo, apenas fazer recomendações. A única exceção é a Coreia do Norte: se um cidadão americano quiser viajar para esse país, deve pedir antes uma autorização para usar seu passaporte ou, se não consegui-la, utilizar, se tiver, um documento de outro país. (Com Efe)