Reino Unido vai investigar envolvimento da Rússia em 14 mortes no país
A ministra do Interior britânica, Amber Rudd, disse que a polícia e os serviços de segurança do país irão investigar alegações de envolvimento do Estado russo em diversas mortes no Reino Unido nos últimos anos, mostrou carta publicada nesta terça-feira (13).
A decisão vem em meio a uma troca de acusações entre Londres e Moscou sobre um ataque com uma substância química contra um ex-espião russo, Serghei Skripal, em Salisbury, na semana passada. O ex-agente foi atacado com sua filha e está em estado grave. O Reino Unido suspeita que o governo russo esteja por trás da ação, enquanto Moscou nega qualquer envolvimento.
Entre os casos que serão reabertos, estão o do oligarca Boris Berezovsky, morto na Inglaterra após protagonizar desavenças com o presidente russo, Vladimir Putin, e do magnata russo Alexander Perepilichnyy, que revelou lavagem de dinheiro envolvendo a Receita russa e mafiosos.
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Na semana passada, o presidente da Comissão de Assuntos Internos do Parlamento escreveu à ministra pedindo pela revisão de 14 mortes que, originalmente, não haviam sido tratadas como suspeitas pela polícia, mas que foram repetidamente ligadas à Rússia em reportagens da mídia.
"Vou querer me certificar de que as alegações não são nada mais do que isso", disse Amber Rudd em resposta publicada nesta terça-feira. "A polícia e o (serviço de inteligência do Reino Unido) MI5 concordam e irão auxiliar nesse empenho".
O Reino Unido deu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, até a meia-noite desta terça-feira para explicar como um agente nervoso desenvolvido pela União Soviética foi usado para envenenar um ex-agente duplo russo que passou segredos para a inteligência britânica.
A Rússia disse não ter nenhuma ligação com o ataque e afirmou que irá ignorar o ultimato britânico até que Londres entregue amostras do agente nervoso utilizado e comece a cumprir suas obrigações de acordo com a Convenção de Armas Químicas, que prevê investigações em conjunto em casos deste tipo.
"Quaisquer ameaças para impor 'sanções' contra a Rússia não ficarão sem respostas", disse o Ministério de Relações Exteriores em comunicado. "O lado britânico deve entender isso." (Com agências internacionais)
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