Reunião de chefe da CIA e Kim formou "boa relação" entre EUA e Coreia do Norte, diz Trump
O presidente Donald Trump confirmou nesta quarta-feira (18) que o diretor da CIA, Mike Pompeo, se encontrou com o líder norte-coreano Kim Jong-un na semana passada, no contexto de aproximação do regime com os Estados Unidos.
"O encontro ocorreu de forma fluente e formou uma boa relação. Os detalhes da cúpula estão sendo trabalhados agora. A desnuclearização será ótima para o mundo, e também para a Coreia do Norte", escreveu Trump no Twitter, falando sobre a reunião que deverá ter com Kim prevista para maio ou junho.
Pompeo, ainda diretor da CIA, é o indicado de Trump para ser o próximo secretário de Estado após a saída de Rex Tillerson.
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Veículos de imprensa norte-americanos informaram que a viagem de Pompeo havia sido na Semana Santa e tinha como objetivo colocar as posições sobre as condições do encontro entre os dois líderes, assim como sobre o programa de armas nucleares de Pyongyang, de acordo com duas fontes próximas à viagem citadas pelo jornal "The Washington Post".
Durante sua audiência de confirmação perante o Senado, Pompeo se mostrou mais comedido do que o antecessor Tillerson ao ser perguntado sobre a relação com a Coreia do Norte.
"Eu nunca defendi a mudança de regime. Não estou advogando pela mudança de regime", disse Pompeo, ao ser questionado pelo senador democrata por Maryland, Ben Cardin.
A revelação do "Washington Post" acontece poucas horas depois que o próprio Trump revelasse, na terça (17), que já tinha ocorrido uma reunião de alto nível entre os dois países.
"Começamos a falar com a Coreia do Norte diretamente, em níveis extremamente altos", afirmou Trump na presença do primeiro-ministro de Japão, Shinzo Abe, que realiza uma visita oficial aos EUA.
Segundo autoridades americanas, Trump e Kim planejam realizar a primeira reunião na história dos EUA e a Coreia do Norte em maio ou junho, e cinco lugares estão sendo avaliados, embora não tenham revelado quais.
Tratado de paz?
A cúpula intercoreana desde o fim da guerra, em 27 de abril, será uma oportunidade para abordar a questão de uma declaração oficial para encerrar o conflito na península.
"Estamos examinando a possibilidade de substituir o regime de armistício na península coreana por um tratado de paz", declarou à imprensa um importante funcionário da Casa Azul, a presidência sul-coreana. "Mas não é algo que possamos fazer sozinhos. Precisamos de discussões próximas com as partes relevantes, incluindo a Coreia do Norte".
O armistício encerrou a guerra, mas não o conflito entre as Coreias. Pyongyang e Seul reivindicam a soberania sobre toda a península; a zona desmilitarizada que divide os países é repleta de minas e fortificações. Um tratado significaria o reconhecimento mútuo das Coreias.
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