Pai de resgatado em caverna na Tailândia está ansioso para abraçar filho; contato é feito por vidro
O pai de um dos meninos do time de futebol que ficou 18 dias preso dentro de uma caverna no norte da Tailândia não vê a hora de poder abraçar seu filho, Akarat Wongsukchan, de 14 anos, um dos 12 jogadores do time dos Javalis Selvagens finalmente resgatados em uma complicada operação nesta semana.
Imagens divulgadas pelo governo tailandês nesta quarta-feira (11) mostram que alguns garotos já acenaram para as famílias, através de uma barreira de vidro. Eles recebem cuidados médicos em um hospital em Chang Rai, no norte da Tailândia.
A cada dia que Akarat passava na caverna, seu pai, Adisak, pensava em como o garoto sobreviveria, como lidaria com a escuridão e, principalmente, o que o rapaz comeria e beberia.
Veja também:
- Longe dos pais, menino que fala inglês é refugiado na Tailândia
- Sete momentos emocionantes do resgate
Finalmente, na noite de terça-feira (10), essas preocupações desapareceram quando todos os jovens sairam da caverna. Adisak afirmou que ficou “muito feliz e grato” pelas equipes de resgate internacionais que ajudaram a resgatar seu filho e os outros jogadores do time dos Javalis Selvagens.
Por quase três semanas, Adisak concentrou todas suas energias no apoio às equipes de resgate. Aliviado, ele agora quer apenas abraçar seu filho que, junto com os colegas de time e o treinador, está internado em um hospital em Chiang Rai.
"Eu quero abraçá-lo... e quero dizer a ele que estou feliz", afirmou Adisak em uma entrevista à CNN.
Após o resgate de todos, enquanto deixava a região da caverna, Adisak parou para agradecer todas as pessoas que encontrava pelo caminho. Mais de cem especialistas e milhares de pessoas estavam envolvidas na operação que durou quase três semanas.
Adisak contou que seu filho foi resgatado na segunda noite. Mesmo assim, o homem decidiu ficar na região da caverna com as famílias dos jovens que permaneciam presos. Ele sabia como era agonizante esses últimos momentos antes do resgate.
“Eu prometi aos outros pais, os cinco, que eu esperaria e que todos sairíamos juntos. Eu não os deixaria ali”, afirmou à CNN.
Estado de saúde
Os 12 garotos e o treinador de futebol não correm risco, disse a equipe do hospital da província de Chiang Rai, para onde foram transferidos. Durante as mais de duas semanas em que esteve confinado, sem acesso à luz e à comida, o grupo perdeu peso (dois quilos, em média), e alguns contraíram leves quadros de pneumonia, informou um médico em coletiva de imprensa na quarta-feira (11).
Os últimos cinco resgatados chegaram na terça à noite ao centro médico com sintomas de hipotermia, pelas duras condições que sofreram ao passar dias dentro da caverna, e pela temperatura fria das águas que tiveram que atravessar com a ajuda de dois mergulhadores.
Os garotos seguem em quarentena - o que, apesar do nome, não precisa durar 40 dias. O período se caracteriza pelo isolamento do paciente. Por trás dessa estratégia, há dois objetivos: evitar que o isolado transmita doenças (o que no caso dos meninos, já está descartado), mas também para protegê-los de enfermidades, uma vez que a imunidade está debilitada.
Vídeo é divulgado
Um vídeo curto com alguns segundos de duração foi divulgado pelas autoridades tailandesas nesta quarta-feira. Nas imagens é possível ver pelo menos sete dos jovens resgatados com máscaras hospitalares, cobrindo boca e nariz, deitados em camas instaladas lado a lado. Segundo as autoridades tailandesas, durante a gravação os jovens acenavam para os pais, que os observavam do outro lado de uma parede de vidro.
O vídeo mostra ainda três dos garotos juntando as mãos e abaixando a cabeça, em sinal de agradecimento. Nota-se também que não há fios ou inaladores conectados às crianças - indício de que respiram sem aparelhos e não precisam de monitoramento para os sinais vitais.
*Com agências internacionais
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.