Venezuela vai às ruas dividida entre apoiadores de Maduro e de Guaidó
Enquanto apoiadores de Juan Guaidó, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, reuniam-se na tarde de hoje em várias cidades do país para exigir a liberação da ajuda humanitária estrangeira contida nas fronteiras, forças chavistas manifestavam-se no centro de Caracas em apoio ao governo de Nicolás Maduro e em defesa da Revolução Bolivariana.
Para os defensores do governo, a crise econômica que assola o país é decorrente de um série de bloqueios internacionais que visam desestabilizar o país. Os apoiadores de Guaidó afirmam que Maduro é um ditador responsável por uma das maiores crises humanitárias do continente.
"Defenderemos a pátria das pretensões imperiais e de vulnerar nossa soberania. Feliz Dia da Juventude!", disse Maduro aos jovens reunidos na praça.
Já Guaidó publicou em seu Twitter: "Apesar das dificuldades e da crise mais profunda, não nos rendemos"
A data escolhida para os protestos celebra o Dia do Juventude -- conhecida por fazer parte do calendário de manifestações chavistas -- e o "Dia da Batalha da Vitória", episódio simbólico da Guerra de Independência da Venezuela, ocorrida em 1814.
Para a oposição, a data homenageia 40 pessoas que morreram em protestos contra Maduro em janeiro. O movimento tem apoio de jovens universitários da Universidade Central da Venezuela.
Ambos os lados
A passeata pró-governo iniciou-se por volta das 9h30 da manhã, horário local, e seguiu da Praça Morelos à Praça Bolívar, no centro da capital Venezuelana.
Já Juan Guaidó, discursou em um comício na Zona Leste de Caracas. O opositor declarou que a ajuda humanitária enviada pelos EUA, barrada na fronteira da Venezuela, chegará ao país ainda no dia 23 de fevereiro. Guaidó pediu, aos milhares de manifestantes que o ouviam, que o ajudassem a repartir os suprimentos. Guidó declarou que uma parte do carregamento chegou à Caracas, mas ainda necessitam de mais.
Maduro enxerga o plano de ajuda internacional como um subterfúgio para uma intervenção militar no país. Para seus apoiadores o país não necessita de ajuda humanitária, mas sim de um desbloqueio de todas as sanções impostas ao território.
A queda de braço entre forças do governo e opositores, se intensifica desde a autoproclamação de Juan Guaidó, então presidente da Assembleia Nacional Venezuelana, como presidente da república. O parlamentar já foi reconhecido como líder legítimo da Venezuela por pelo menos 50 países, incluindo o Brasil.
O governo brasileiro se comprometeu a instalar um centro de distribuição de suprimentos em Roraima.
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