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Guaidó se encontra com Bolsonaro no Planalto, e grupo faz protesto

28.fev.2019 - Juan Guaidó acena ao chegar para se reunir com o presidente Jair Bolsonaro - Luciana Amaral/UOL
28.fev.2019 - Juan Guaidó acena ao chegar para se reunir com o presidente Jair Bolsonaro Imagem: Luciana Amaral/UOL

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

28/02/2019 14h11

Sob um pequeno protesto de cerca de 10 pessoas na Praça dos Três Poderes, o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, encontrou-se na tarde de hoje com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Palácio do Planalto. 

O venezuelano chegou ao local por meio de uma portaria lateral, como costumam fazer presidentes eleitos, autoridades de destaque e visitas estrangeiras. O tapete vermelho foi estendido e soldados dos Dragões da Independência foram posicionados ao longo da passagem de Guaidó no térreo do palácio.

Vindo do Itamaraty, Guaidó chegou acompanhado do ministro Araújo. Embora não tenha falado com a imprensa, estava sorridente e acenou aos presentes.

A visita é tratada pela Presidência brasileira como "pessoal", e não oficial de estado, embora o governo brasileiro tenha reconhecido Guaidó como o mandatário do país vizinho no lugar do ditador Nicolás Maduro. Portanto, não subiu a rampa nem contou com honras militares. 

Até a publicação desta reportagem, Guaidó não constava na agenda oficial de Bolsonaro, apesar do anúncio do encontro ontem pelo porta-voz, general Otávio Santana do Rêgo Barros.

Pelo menos dois deputados da sigla de oposição a Maduro, Voluntad Popular (Vontade Popular, em português), acompanham Guaidó na visita a Brasília.

O grupo que protestava contra a presença e as ações de Guaidó se posicionou na Praça dos Três Poderes em frente à portaria do Planalto por onde ele entrou. Eles gritaram palavras de ordem contra o venezuelano e levaram faixas pedindo que este "respeite a soberania" da Venezuela e com o escrito "Fora, Guaidó" junto a uma bandeira do país.
 

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.