Avião que caiu matou ex-embaixador e ao menos mais 19 pessoas ligadas à ONU
Resumo da notícia
- Aeronave caiu seis minutos após decolar do aeroporto de Adis Abeba, na Etiópia
- 157 pessoas estavam a bordo: 149 passageiros e oito tripulantes; todos morreram
- A causa do acidente ainda é desconhecida
- A aeronave é nova e foi incluída na frota da companhia no ano passado
O ex-embaixador nigeriano Abiodun Oluremi Bashua, 67, está entre as vítimas da queda de um avião em Bishoftu, na Etiópia, informou o Ministério das Relações Exteriores da Nigéria.
Uma aeronave da Ethiopian Airlines, com 157 pessoas a bordo, caiu hoje seis minutos após decolar em Adis Abeba, capital da Etiópia. A aeronave decolou às 8h38 (2h38 em Brasília) e iria para Nairóbi, capital do Quênia.
Nenhum passageiro sobreviveu. A causa do acidente ainda é desconhecida.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Nigéria, Bashua era um "experiente especialista da ONU", tendo atuado em diversas missões de paz promovidas pela organização na África, incluindo a Costa do Marfim, a Libéria, a Serra Leoa e o Sudão. Ainda segundo o governo nigeriano, o ex-embaixador trabalhou em países como Irã e Áustria.
Funcionários da ONU
Em um comunicado divulgado hoje, a agência de imigração das Nações Unidas disse ter informações preliminares de que 19 funcionários de organizações afiliadas à ONU, como o Banco Mundial, morreram no acidente.
A declaração diz ainda que pelo menos uma funcionária da agência de imigração está entre as vítimas do acidente: a alemã Anne-Katrin Feigl, que estava a caminho de um curso de treinamento em Nairóbi, destino da aeronave.
Uma fonte da ONU afirmou à AP que tradutores independentes, que viajavam para uma conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente, também podem estar entre os mortos na queda da aeronave. A conferência está prevista para acontecer amanhã na capital queniana.
Estabelecer o número exato de funcionários da ONU no voo é difícil, uma vez que nem todos informaram à organização seu plano de viagem, e nem todos usaram o passaporte diplomático para viajar, explicou a fonte.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse estar "profundamente entristecido com a perda trágica de vidas", e enviou condolências à Etiópia e a parentes das vítimas.
"As Nações Unidas estão em contato com autoridades da Etiópia e trabalhando com elas para saber com detalhes que funcionários da ONU perderam a vida na tragédia", assinalou Guterres.
Segundo informações da Ethiopian Airlines, os passageiros são de ao menos 35 nacionalidades diferentes. A aeronave, um Boeing 737 MAX 8, foi incluída na frota da companhia no ano passado, no mês de novembro.
O modelo 737 MAX 8 foi lançado em 2016. Trata-se da versão mais recente da família 737, a aeronave de passageiros mais vendida no mundo. Segundo a Boeing, a ocorrência de hoje na Etiópia é "monitorada de perto".
*Com agências internacionais
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