Cruzeiro bate em barco de turistas em Veneza, deixando quatro feridos
Um enorme cruzeiro colidiu na manhã de hoje contra o cais e um barco de turismo no momento em que iria atracar em Veneza, na Itália. Os turistas, em terra, correram ao ver o navio de 13 andares MSC Opera raspando o cais, com o motor fazendo um grande barulho, antes de bater no barco de turismo.
Quatro pessoas que estavam na embarcação turística ficaram levemente feridas no acidente, que aconteceu em São Basílio-Zattere, no Canal Giudecca de Veneza. Entre as vítimas, há uma mulher norte-americana, um neozelandês e dois australianos. Duas delas foram levadas ao hospital.
O cruzeiro já apresentou problemas mecânicos em 2011 durante uma travessia pelo Báltico. Ele tem capacidade para até 2.500 passageiros e possui um teatro, um salão de dança e um parque aquático para crianças.
A falha no motor foi percebida quando foi iniciada a manobra para atracar no cais. Dois rebocadores foram então acompanhar a embarcação. Eles tentaram deter o cruzeiro, que ganhava velocidade, mas as correntes que o amarravam foram quebradas pela pressão. Segundo ele, o motor do MSC Opera estava "bloqueado".
O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, foi ao local do acidente e se pronunciou em sua conta no Twitter. "Acidente no porto de Veneza. Navio contra o cais em San Basilio. Estamos no local junto com a polícia e veículos de emergência", escreveu.
Ainda na rede social, Brugnaro informou que a regata marcada para hoje foi cancelada. "Neste momento devemos dar prioridade aos meios de resgate."
Acidente acontece em meio a insatisfação
Veneza vem debatendo como lidar com o boom turístico na cidade, uma das mais visitadas do mundo.
O centro histórico de Veneza tem cerca de 50 mil habitantes e é visitado todos os anos por entre 20 e 30 milhões de turistas, e só cerca de 20% deles pernoitam na área.
Em 2018, para regular a entrada dos turistas, foram instalados portões nos únicos pontos de entrada terrestre da cidade. Eles são fechados quando se alcança certo número de pessoas. As autoridades também proibiram, por três anos, a abertura de restaurantes de comida rápida, exceto sorveterias.
Veneza deverá cobrar, além disso, ingresso de turistas que ficam apenas um dia na cidade. Quem se hospeda em Veneza já paga uma taxa de hospedagem, que gera cerca de 30 milhões de euros por ano para as autoridades municipais.
"O incidente de hoje no porto de Veneza mostra que grandes navios não devem mais passar por Giudecca. Depois de tantos anos de inércia, estamos finalmente perto de uma solução definitiva para proteger tanto a lagoa quanto o turismo", ressaltou o ministro de Infraestrutura e Transportes da Itália, Danilo Toninelli.
Já o ministro dos Bens Culturais afirmou que é justamente para evitar acidentes deste tipo que sua pasta, há alguns meses, colocou restrição em três canais de Veneza e está "trabalhando duro" para expandir seu projeto para "salvaguardar o ambiente e a segurança dos cidadãos e turistas".
*Com agências de notícias
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