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Sobe para 11 número de mortos no Chile e novo toque de recolher é decretado

Manifestantes protestam contra modelo econômico chileno, em Valparaíso, no Chile - Rodrigo Garrido/Reuters
Manifestantes protestam contra modelo econômico chileno, em Valparaíso, no Chile Imagem: Rodrigo Garrido/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

21/10/2019 12h08

Subiu para onze o número de mortos nos protestos deste fim de semana no Chile, informou a prefeita de Santiago, Karla Rubilar, à imprensa local. Os jornais também informam que um novo toque de recolher foi decretado na região de Valparaíso pelo segundo dia consecutivo.

Antes, as autoridades haviam informado que oito pessoas morreram no domingo e hoje somaram com mais três do dia anterior. "As informações que fornecemos ontem foram de 8 fatalidades no dia. Tivemos 5 mortes de manhã no incêndio da Renca, duas no incêndio do Construmart e uma no incêndio da Matucana", disse segundo noticiou o "La Nacion".

"Se considerarmos que tivemos mais três mortes no dia anterior, é claro que elas nos causam 11, nos dias de excessos e desordens, onde infelizmente temos 11 pessoas mortas".

De acordo com o jornal "El Mercurio", foi decretado hoje um novo toque de recolher que começa a partir das 20h locais (mesmo horário de Brasília) e vão até às 6h de amanhã. A medida foi tomada pelo contra-almirante da Marinha chilena, Juan Andrés De La Maza, designado pela Defesa Nacional para a região.

De La Maza também determinou o reforço da presença militar nas cidades de Catemu e Olmué, principais focos de incêndios provocados nesta madrugada e na noite de domingo. Segundo o militar, não haverá desabastecimento na região.

Em Santiago, apenas uma linha do metrô está aberta e os serviços de ônibus estão sendo subsidiados. "Estamos completamente operativos desde muito cedo, coordenando tudo em questão do transporte. há pouco tempo começou a operar de forma paulatina a linha 1", disse a prefeita.

"Isso significa uma sobrecarga significativa da linha 1 do metrô e é provável que os trens estejam [passando] com frequências mais baixas e muito mais lotados do que costumam estar", acrescentou.

Os protestos que começaram devido ao encarecimento do metrô de Santiago derivaram outras reivindicações, como as manifestações contra o aumento do custo de vida e a desigualdade social.

Nos últimos dias, o pânico se espalhou pelas ruas em meio às barricadas, aos incêndios, aos saques a lojas e confrontos entre manifestantes violentos e a polícia. Segundo o presidente do Chile, Sebastián Piñera, o país está travando "uma guerra" contra os radicais.

(Com Efe)