Chanceler venezuelano culpa Brasil por invasão: "Vergonha para diplomacia"
O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, usou as redes sociais para culpar o governo brasileiro pela invasão de apoiadores do líder da oposição em seu país, Juan Guaidó, à sede da embaixada venezuelana na manhã de hoje.
"Denunciamos que as instalações de nossa embaixada em Brasília foram invadidas à força no início da manhã. Responsabilizamos o governo do Brasil pela segurança de nossa equipe e das instalações e exigimos respeito pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas", escreveu Arreaza.
Em outro post, ele falou em "vergonha" e disse que o episódio encerra o "prestígio da diplomacia brasileira".
"Que vergonha para o Itamaraty, antes referência à Diplomacia Mundial, endossar o ataque violento a uma embaixada de um país soberano, a poucos quarteirões da sede onde hoje é realizada a reunião do BRICS2019. Adeus ao prestígio da diplomacia brasileira!", postou ele.
Um grupo de apoiadores de Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, invadiu a embaixada venezuelana em Brasília. Em uma nota oficial, a representante de Guaidó no Brasil, María Teresa Belandria Expósito, negou a invasão. Segundo ela, os partidários de Guaidó tiveram sua entrada facilitada por funcionários do órgão que teriam reconhecido o governo de Guaidó. O Brasil reconhece Guaidó como o presidente do país junto com 50 nações. Porém a decisão não tem respaldo da ONU, que mantém Maduro como o mandatário da nação.
O chanceler compartilhou um vídeo de um grupo de funcionários venezuelanos da embaixada no Brasil. Eles afirmam que o local "foi invadido" e que eles se "manterão irrestritos" no apoio a Maduro.
Em nota, o governo Bolsonaro negou que soubesse de qualquer ato programado e classificou o caso como "invasão" e "fatos desagradáveis".
"Como sempre, há indivíduos inescrupulosos e levianos que querem tirar proveito dos acontecimentos para gerar desordem e instabilidade; o presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela, por partidários do Sr. Juan Guaidó; as forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade", afirma o texto.
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