Trump ameaça ataque a locais culturais do Irã e fala em 'grande retaliação'
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve a ameaça de atacar locais culturais iranianos, alertando para uma "grande retaliação" se o Irã revidar pela morte de um de seus principais comandantes militares. O republicano prometeu ainda "atacar o Irã como eles nunca foram atacados antes" em caso de uma resposta à morte do general Qassim Suleimani.
Trump, falando a repórteres a bordo do Air Force One, também ameaçou impor sanções contra o Iraque, um importante aliado dos EUA, depois que o Parlamento iraquiano pediu que as tropas norte-americanas deixem o país. Trump e seus assessores têm defendido o ataque aéreo dos EUA que matou o comandante militar iraniano Qassim Suleimani, cuja morte aumentou as tensões na região.
O presidente norte-americano justificou o ataque que resultou na morte do general e de outras 8 pessoas dizendo que Suleimani estava planejando ações contra os EUA. Ele disse que está considerando divulgar os relatórios de inteligência que o levaram a ordenar o assassinato. Questionado sobre uma possível vingança do Irã, Trump disse: "Se isso acontecer, aconteceu. Se eles fizerem alguma coisa, haverá uma grande retaliação".
Trump declarou que os Estados Unidos têm 52 alvos iranianos, alguns "em um nível muito alto e importantes para o Irã e a cultura iraniana", se o Irã atingir quaisquer posições norte-americanas ou norte-americanos em retaliação pela morte de Soleimani.
Na noite de ontem, Trump voltou a ameaçar o país em caso de retaliação. No Twitter, ele declarou que se o Irã atacar os EUA "o que eu recomendo fortemente que eles não façam, eles serão atacados como nunca foram antes".
"Os Estados Unidos gastaram apenas dois trilhões de dólares em equipamento militar. Somos os maiores e de longe os MELHORES do mundo! Se o Irã atacar uma base americana, ou qualquer americano, enviaremos alguns desses novos equipamentos a eles ... e sem hesitação!", completou o republicano.
Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, negou que Trump tivesse dito que atacaria locais culturais iranianos, mas o presidente o contradisse quando perguntado sobre o assunto. "Eles têm permissão para usar bombas na estrada e explodir nosso povo, e não podemos tocar em seus locais culturais? Não é assim que funciona", disse.
Atacar locais culturais com ação militar é considerado um crime de guerra sob o direito internacional, incluindo uma resolução do Conselho de Segurança da ONU apoiada pelo governo Trump em 2017 e a Convenção de Haia para a proteção de bens culturais, de 1954.
*(Com informações da Reuters)
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