Embaixada dos EUA no Brasil diz para cidadãos americanos manterem discrição
A embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou hoje uma nota em que pede para que os cidadãos daquele país "mantenham a discrição". O texto foi publicado antes dos ataques do Irã às bases que abrigam militares norte-americanos no Iraque, que foram caracterizadas pelos iranianos como uma resposta à morte do general Qassim Suleimani.
"Há uma crescente tensão no Oriente Médio que pode resultar em riscos à segurança dos cidadãos dos EUA no exterior. A Embaixada continuará analisando a situação de segurança e fornecerá informações adicionais conforme necessário.", diz a nota da embaixada.
O texto afirma que os cidadãos dos Estados Unidos que vivem em outros países devem "manter a discrição, estar alerta sobre seu entorno, ficar alerta em locais frequentados por turistas, rever planos de segurança pessoal e ter documentos de viagem atualizados e facilmente acessíveis."
Procurada pela reportagem, a embaixada dos Estados Unidos afirmou que não faria nenhum comentário.
Os ataques
Duas bases aéreas que abrigam tropas dos Estados Unidos e da coalizão no Iraque foram atingidas por mísseis, na noite de hoje. Ainda não se sabe se houve vítimas. O Pentágono confirmou os ataques, e o Irã assumiu a autoria a ao menos uma das bases.
A TV estatal iraniana disse que a Guarda Revolucionária Islâmica do país lançou "dezenas" de mísseis, como resposta à morte do general iraniano Qassim Soleimani, na última quinta-feira, após um ataque americano. O nome da operação de hoje, inclusive, foi "Mártir Soleimani", segundo a emissora. De acordo com os Estados Unidos, teriam sido 12 mísseis. Uma das bases atingidas foi Ain al-Asad, em Anbar. A outra se localiza em Irbil, na região semiautônoma do Curdistão.
Segundo o Pentágono, as duas bases americanas atingidas já estavam em alerta máximo "devido a indicações de que o regime iraniano planejava atacar nossas forças e interesses na região".
"Ao avaliarmos a situação e nossa resposta, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger e defender o pessoal, parceiros e aliados dos EUA na região", afirmou o Pentágono.
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