Dragão dançarino: Fóssil achado na China ajuda a ligar dinossauros e aves
Há cerca de 120 milhões de anos, um dinossauro com penas e o tamanho de um corvo habitava a província chinesa de Jehol. A descoberta de seus fósseis, publicada na última semana na publicação The Anatomical Record empolgou palentólogos por ser mais uma peça chave para entender a evolução dos dinos até as aves.
A espécie ganhou o nome de Wulong bohaiensis, que quer dizer dragão dançarino. O animal de fato tem cara de dragão, apesar de ser de pequeno porte, com a altura de um corvo, mas o dobro de seu comprimento.
O bicho possuía penas por todo o corpo, com duas plumas mais proeminentes no fim do rabo. Pelo desenho de seu rosto e os dentes afiados, ele era um caçador, se alimentando de bichos como peixes - conforme os pesquisadores o ilustraram. Seus ossos eram leves, como o de aves e seus membros posteriores tinham aspecto de asas.
A descoberta do fóssil foi feita há quase uma década, no terreno de um fazendeiro. Doada ao Dalian Natural History Museum, o material passou por extensas pesquisas, inclusive por profissionais dos Estados Unidos, no San Diego Natural History Museum.
Ao realizar um trabalho em que cortam partes de ossos, os cientistas determinaram que se tratava de um dinossauro jovem, ainda que, diferentemente das aves, já tivesse penas como as de adulto por todo o corpo - mesmo ainda não tendo chegado ao seu tamanho final.
"Estudar espécies como essa não só nos mostrar como muitas vezes são surpreendentes os caminhos que a evolução tomou, mas também nos permite testar ideias de quão importantes foram as características de aves, inclusive voar, foram suscitadas no passado", disse Ashley Poust, do museu de San Diego.
O "dragão dançarino" é um parente do famoso Velociraptor, que viveu há 75 milhões de anos.
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