China interrompe medidas de saúde para africanos após acusação de xenofobia
O governo chinês prometeu ontem que não vai mais adotar medidas de saúde voltadas a cidadãos africanos e afro-americanos. A promessa veio após a pressão de nações africanas e dos Estados Unidos, que denunciaram a discriminação, levando a acusações de racismo e xenofobia em províncias do sul da China, particularmente na cidade de Guangzhou.
Segundo relatos de agências internacionais, nos últimos dias pessoas negras foram submetidas a testes forçados do coronavírus e várias ficaram desabrigadas, depois de serem despejadas por proprietários de imóveis e rejeitadas por hotéis. Além disso, também houve denúncias de pessoas que ficaram em quarentenas arbitrárias por 14 dias.
A situação levou a uma reunião com diplomatas representantes de 20 nações africanas e o governo chinês. O encontrou aconteceu ontem e ao final o ministro assistente de Relações Exteriores, Chen Xiaodong, reforçou que o país "trata de maneira igual todos os estrangeiros".
Como resultado da reunião, espera se que a China afrouxe as medidas que visam evitar a possibilidade de ter novas infecções importadas de outros países. Os chineses vivem um momento de controle da pandemia da covid-19 e têm tomado decisões no sentido de voltar à normalidade, mas sem deixar de observar a questão da contaminação estrangeira.
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