Coronavírus

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Coronavírus atrapalha ações pós-tornados que mataram 34 pessoas nos EUA

Sul do país foi atingindo por 27 tornados, sendo a maior delas a EF-4, no sudeste do Mississippi, com ventos de 273 km/h - Sean Rayford/Getty Images — Sul do país foi atingindo por 27 tornados, sendo a maior delas a EF-4, no sudeste do Mississippi, com ventos de 273 km/h Imagem: Sean Rayford/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

14/04/2020 22h05Atualizada em 15/04/2020 12h02

Regiões do sul dos Estados Unidos estão tendo dificuldades para colocar em prática as ações de recuperação necessárias às cidades atingidas por tornados no último fim de semana. A série de tempestades, segundo a ABC News, deixou pelo menos 34 mortos.

"O fato de o coronavírus existir atrapalha a recuperação [das cidades] do tornado, enquanto os tornados atrapalham nossos esforços para garantir que estamos fazendo todo o possível para impedir a disseminação do vírus", disse à Associated Press (AP) o governador do estado do Mississippi, Tate Reeves.

De acordo com a AP, cerca de 550 pessoas de quatro estados diferentes estão dormindo em hotéis pagos pela Cruz Vermelha. Para evitar aglomerações, os abrigos coletivos, mais comuns, "não são uma opção" neste momento, explicou o vice-presidente da entidade, Brad Kieserman.

Ao menos seis estados registraram mortes após os tornados de domingo (12) e segunda-feira (13). Segundo balanço do serviço meteorológico norte-americano, o sul do país foi atingindo por 27 tempestades, sendo a maior delas a EF-4, no sudeste do Mississippi, com ventos de 273 km/h.

Também por conta das inundações, centenas de casas foram destruídas na região. Nashville, no estado do Tennessee, registrou 56,6 milímetros de chuva só ontem, batendo um recorde de 71 anos. Hoje, a cidade viu neve.

Até o fim desta manhã, cerca de 560 mil pessoas em 16 estados ainda estavam sem energia elétrica. A maior parte delas (mais de 100 mil) está no estado do Arkansas, ainda segundo a ABC News.

Os EUA ultrapassaram hoje a marca de 600 mil casos de covid-19, segundo balanço da Universidade Johns Hopkins. O número de mortos é de 25.575. O estado de Nova York é, de longe, o mais afetado, com mais de 200 mil casos e quase 11 mil mortes.