Governadora de Michigan diz que protesto armado na câmara foi "perturbador"
A governadora do estado de Michigan, Gretchen Whitmer, classificou ontem o protesto armado do grupo que invadiu a câmara legislativa de Lansing na última quinta, e pediu o fim do confinamento, de "perturbador"
Falando em coletiva de imprensa, a democrata criticou a ação dos manifestantes que desrespeitaram as regras de distanciamento e defendeu a continuidade do estado de emergência Michigan, que deve continuar até o dia 27 de maio.
Whitmer também comentou a ação de pessoas que carregavam símbolos como "suásticas e bandeiras confederadas, laços e rifles automáticos", que para ela não representam a maioria dos habitantes do estado.
Depois da invasão ao prédio da câmara, o presidente Donald Trump afirmou no Twitter que a governadora deveria negociar com os manifestantes e "ceder um pouco" em sua estratégia de combate ao novo coronavírus, que já matou mais de 3.800 pessoas no estado.
Mas Whitmer manteve sua posição. "Não estamos em uma crise política em que devemos apenas negociar e encontrar um terreno comum aqui. Estamos em uma crise de saúde pública. Estamos no meio de uma pandemia global", repondeu ela à imprensa.
"Precisamos ouvir não as pesquisas de opinião ou pessoas com agendas políticas, mas epidemiologistas e especialistas em saúde pública."
Protesto conservador
No protesto da última quinta em Lansing, dezenas de manifestantes, incluindo pessoas armadas, invadiram o saguão da câmara legislativa exigindo que a governadora democrata retirasse suas ordens de confinamento.
Parlamentares chegaram a colocar coletes à prova de bala. A polícia precisou intervir. Do lado de fora do prédio, manifestantes exibiam cartazes, incluindo um em que a governadora Gretchen Whitmer aparecia trajada de Adolf Hitler.
A manifestação, chamada American Patriot Rally (Ato Patriota Americano), foi organizada por um grupo conservador local intitulado Michigan United for Liberty (Michigan Unido pela Liberdade).
O senador de Michigan Mike Shirkey, do partido Republicano, o mesmo de Trump, condenou os manifestantes armados escrevendo no Twitter que eles "não representam os republicanos do Senado" e que, "na melhor das hipóteses, são um bando de idiotas".
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