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Homem que usou capuz da Ku Klux Klan como máscara não será processado

Homem usa capuz da Ku Klux Klan em mercado que exigia máscara nos EUA - Reprodução/Twitter
Homem usa capuz da Ku Klux Klan em mercado que exigia máscara nos EUA Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

13/05/2020 15h35Atualizada em 13/05/2020 15h51

O homem que foi a um supermercado nos Estados Unidos trajando um capuz da Ku Klux Klan, grupo supremacista branco, não será processado. De acordo com o Buzzfeed, ele alegou à polícia que não vestiu o capuz branco com intenção de ser racista.

O mercado em questão exigia o uso de máscaras por conta da pandemia do coronavírus, e a "solução" do homem deixou chocados vendedores e clientes, que foram tirar satisfação com ele, no último dia 2 de maio.

O chefe de polícia local, William D. Gore, afirmou que, após examinar as evidências, não foi encontrado o suficiente para processá-lo criminalmente. O delegado ainda citou o direito de liberdade de expressão do indivíduo.

"A Suprema Corte dos Estados Unidos diz que discurso que cause humilhação baseado em raça, etnia, gênero, religião, idade, deficiência ou similar é algo odioso; mas o maior orgulho da nossa jurisprudência de liberdade de expressão é proteger que tenhamos liberdade para expressar os pensamentos que odiamos", afirmou o delegado. O homem foi investigado, mas não teve a identidade revelada.

"O homem expressou frustração com as pessoas lhe dizendo o que fazer ou não por causa do coronavírus. Ele disse que vestir o capuz não teve intenção de ser um posicionamento racial. Em resumo, disse que 'era só uma máscara e que aquilo tudo era estúpido'", completou Gore.

O caso

No começo de maio, vendedores e clientes de um mercado na região de San Diego, nos Estados Unidos, confrontaram um homem que apareceu no estabelecimento vestindo um capuz no estilo usado pela Ku Klux Klan, grupo supremacista branco.

De acordo com o Huffington Post, ele usou o capuz como provocação, já que a entrada no mercado exigia o uso de máscara facial para evitar contágio do novo coronavírus.

O cliente do mercado foi fotografado com o capuz empurrando seu carrinho - ele estava vestido normalmente sob o adereço. O indivíduo não foi identificado. A empresa reagiu se dizendo chocada e chamando o episódio de "perturbador".