Restos de dinossauro 'formidável e esbelto' são encontrados na Argentina
Cientistas argentinos localizaram os restos de um dinossauro que viveu há 70 milhões de anos na província de Santa Cruz, na Argentina. A notícia foi divulgada hoje pelo site do Clarín.
A equipe de pesquisadores avaliou que o dinossauro era carnívoro, da espécie megaraptor, e tinha dez metros de comprimento: "Eles eram preparados para a corrida". Os paleontólogos descreveram o animal como "formidável e esbelto".
"Eles eram mais magros, mais preparados para a corrida, com longas caudas que lhes permitiam manter o equilíbrio. Ao mesmo tempo, tinham pernas musculosas, mas alongadas para dar grandes passos", disse Rolando Aranciaga, um dos membros da equipe, no Museu Argentino de Ciências Naturais.
O chefe do Laboratório de Anatomia Comparada do museu, Fernando Novas, comentou que essa nova descoberta permitirá "saber como estavam esses dinossauros neste canto da Patagônia e conhecer suas relações de parentesco com os megaraptores encontrados em outras partes do mundo".
Foi Fernando Novas quem descobriu o primeiro espécime desse grupo de dinossauros em 1996, na província de Neuquén, e foi ele quem cunhou o nome Megaraptor para esta criatura.
Os megaraptores tinham várias características que lhes permitiam ser descritas como letais. Segundo Aranciaga, "as principais armas dos megaraptores estavam em seus braços, porque eram extremamente longos e musculosos, enquanto tinham garras em forma de foice nos polegares, que tinham uma ponta afiada e atingiam 40 centímetros de comprimento".
"Encontramos um espécime muito grande de um novo megaraptor, que eram dinossauros carnívoros formidáveis porque tinham um conjunto de adaptações para a caça que era realmente espetacular", disse ele sobre os fósseis encontrados no sudoeste de Santa Cruz.
E ele acrescentou: "Ao contrário do Tiranossauro Rex, os megaraptores eram animais mais magros, mais preparados para a corrida".
Os menores megaraptores conhecidos medem cerca de cinco metros, enquanto os maiores megaraptores atingem comprimentos semelhantes ao deste espécime encontrado em Santa Cruz durante a última campanha do grupo, realizada em março.
Para extrair os restos do dinossauro, que estavam em rochas extremamente duras, foi necessário o uso de máquinas apropriadas. Em uma tarefa que levou cerca de duas semanas, com cinzéis e martelos, os paleontologistas removeram a rocha ao redor do espécime para remover cada um de seus ossos.
"Finalmente, a rocha que continha o fóssil foi coberta com gesso e ataduras, para que não fosse destruída durante o transporte para Buenos Aires", disse Aranciaga.
A expedição estava parada na cidade de El Calafate desde março por causa da pandemia do novo coronavírus e foi obrigada a fazer quarentena após a descoberta. Foi preciso esperar vários dias para retornar a Buenos Aires devido ao fechamento das divisas provinciais e de voos comerciais, mas a equipe conseguiu autorização para deixar o local por dois dias.
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