Polícia de Hong Kong usa gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes
A polícia de Hong Kong usou gás lacrimogêneo para dispersar centenas de manifestantes que protestavam hoje contra um projeto de lei de segurança nacional que o governo chinês quer impor no território autônomo.
Os manifestantes se reuniram no distrito comercial de Causeway Bay para protestar. Policiais disparam gás lacrimogêneo na direção das pessoas, após alertar que a aglomeração não poderia ser feita por causa da propagação do novo coronavírus.
Pequim pretende impor uma nova lei de segurança nacional sobre Hong Kong para responder a uma longa campanha de protestos pró-democracia ocorrida na cidade no ano passado. O local tem liberdades mais amplas do que as vistas na China em geral.
O projeto de lei de segurança que visa aumentar os mecanismos de controle da China sobre Hong Kong foi apresentado na última sexta-feira (22), durante a reunião anual do Congresso Nacional do Povo.
A proposta apresentada prevê proibir e punir qualquer ato de traição, motim e subversão contra o governo chinês.
Os opositores do projeto interpretam o texto como sendo o ataque mais sério às liberdades de Hong Kong desde que o território foi restituído à China, em 1997.
Além disso, os críticos consideram tratar-se de uma violação do princípio "Um país, dois Sistemas", que deve estar vigente nas relações entre a China e sua região autônoma.
Por causa desse princípio, Hong Kong possui uma autonomia muito ampla em relação ao resto do país liderada pelo Partido Comunista da China (PCC).
Seus habitantes desfrutam de liberdade de expressão, liberdade de imprensa e justiça independente, direitos esses desconhecidos na China continental.
No entanto, os protestos do ano passado contra o crescente controle de Pequim sobre o território geraram confrontos, às vezes violentos, entre os manifestantes e a polícia.
O projeto de lei será submetido a votação no parlamento chinês no próximo 28 de maio, durante a sessão de encerramento da atual sessão parlamentar.
(*com informações da AFP e Reuters)
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