Cabeleireiros com coronavírus expõem 140 pessoas à doença em salão nos EUA
Após a reabertura dos salões de beleza, um cabeleireiro com coronavírus e assintomático trabalhou por oito dias e expôs cerca de 91 pessoas — desde clientes e seus colegas de trabalho — à doença mesmo com a utilização de máscaras no local.
Dois dias depois de seu afastamento, um de seus colegas também testou positivo para a doença e aumentou o número de exposição para, pelo menos, 140 pessoas. O caso ocorreu em um salão de beleza no Missouri, nos Estados Unidos.
Inicialmente, dos 91 expostos, 84 eram clientes do salão no qual o cabeleireiro assintomático trabalha e 7 são funcionários. Posteriormente, as autoridades locais aumentaram para mais 56 pessoas "potencialmente expostas" após a confirmação do segundo funcionário com a covid-19.
O primeiro funcionário com coronavírus trabalhou entre 12 e 20 de maio, segundo as autoridades locais. Dois dias depois, no dia 22, os órgãos locais confirmaram o teste positivo do segundo funcionário.
"Os indivíduos [contaminados] e seus clientes estavam usando máscaras faciais. Os 84 clientes potencialmente expostos diretamente [pelo primeiro funcionário] serão notificados pelo Departamento de Saúde e receberão testes", disse o Departamento de Saúde de Springfield-Greene na sexta-feira (22).
As autoridades de saúde local ainda fizeram uma linha do tempo detalhada para mapear todos os locais que o primeiro cabeleireiro contaminado visitou, incluindo farmácias e supermercados. Os órgãos locais pediram para as pessoas que visitaram esses locais fiquem atentas a possíveis sintomas da doença.
Os salões de beleza foram permitidos a reabrir no dia 4 de maio quando o estado afrouxou as restrições das empresas que poderiam atuar mesmo durante a pandemia. As escolas permanecem fechadas, as empresas de varejo devem limitar o número de clientes nos locais e os restaurantes podem reabrir os serviços de refeições se empregarem medidas de distanciamento social.
Os donos do salão disseram à afiliada da CNN, que o "bem-estar dos clientes e estilistas é a principal prioridade e a higienização adequada sempre foi uma prática importante no local".
Segundo a contagem da Universidade John Hopkins os Estados Unidos já registraram 1.647.741 casos oficiais e 97.811 mortes decorrentes da doença.
Salões de beleza no Brasil
No dia 11 de maio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alterou o decreto com serviços considerados essenciais e que são permitidos de funcionar durante a pandemia. Bolsonaro incluiu academias de ginástica, salões de beleza e barbearias entre os serviços considerados essenciais. A medida chocou até o então ministro da Saúde, Nelson Teich, que pediu demissão da pasta quatro dias depois da alteração do decreto.
Apesar da nova possibilidade, governadores de diversos estados se colocaram contra a decisão do presidente e mantêm esses estabelecimentos fechados. No dia seguinte após a alteração do decreto, Bolsonaro disse que os "governadores que não concordam com [a alteração do] Decreto podem ajuizar ações na justiça ou, via congressista, entrar com Projeto de Decreto Legislativo no Brasil" e que afrontar o estado democrático de direito "é o pior caminho".
Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, rebateu a fala do presidente. "Bolsonaro insiste em criar confusão. Ele briga com todo mundo. Só não briga com o coronavírus. Agora quer atropelar a forma federativa de Estado garantida pela Constituição."
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