Procuradora-geral de NY quer ação contra Trump: "Ele não é um ditador"
A procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, disse hoje que vai tomar medidas legais para assegurar os direitos constitucionais da população caso o presidente dos EUA, Donald Trump, cumpra a ameaça de colocar o exército americano nas ruas para "acabar com os protestos" que vêm tomando conta do país desde a morte de George Floyd, um cidadão negro, após abordagem violenta de um policial branco.
Ontem, na Casa Branca, Trump fez um pronunciamento endurecendo o discurso contra os manifestantes, cobrou prefeitos e governadores dos Estados Unidos para controlarem a violência dos protestos e disse que mandaria "milhares e milhares de soldados fortemente armados" aos estados que não conseguissem retomar o controle das ruas.
"Prefeitos e governadores devem estabelecer uma presença esmagadora de agentes da lei até que a violência seja contida", avisou Trump.
A procuradora de NY reagiu. "O presidente dos Estados Unidos não é um ditador e não vai dominar o estado de Nova York. De fato, o presidente não tem o direito de enviar unilateralmente militares dos EUA aos estados", disse.
Letitia James disse ainda que "nós respeitamos e vamos resguardar o direito a protestos pacíficos, e meu gabinete vai analisar qualquer medida federal com o objetivo de proteger os direitos do nosso estado."
A procuradora também mandou um recado à população de Nova York. "Fique tranquilo, nós não vamos hesitar em ir aos tribunais para proteger nossos direitos constitucionais durante esse período, bem como no futuro", afirmou.
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