Em meio a protestos, chefe deixa polícia após policiais matarem homem negro

Um homem negro foi baleado e morto na noite de ontem em Atlanta, nos Estados Unidos, gerando mais protestos contra o racismo no país - que vem sendo palco de diversas manifestações desde que George Floyd, um cidadão afroamericano de Mineápolis, foi morto asfixiado por um policial branco em 25 de maio.

Rayshard Brooks, de 27 anos, dormiu dentro do carro e bloqueou a fila do drive-thru de uma lanchonete. Por volta das 22h30 (horário local, 23h30 de Brasília), o homem foi abordado por dois policiais, que realizaram nele um teste de alcoolemia e tentaram prendê-lo. Brooks se envolveu em luta corporal com os policiais e tentou fugir, mas acabou baleado.

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"Durante a prisão, o homem resistiu e houve uma luta", informou o Bureau de Investigação do estado da Geórgia (GBI). "O oficial apresentou uma pistola taser. Testemunhas relatam que, durante a luta, o homem agarrou e se apossou do taser. Também foi relatado que o sujeito masculino foi baleado por um oficial na luta pelo taser."

Levado a um hospital, Rayshard Brooks morreu após passar por uma cirurgia. Durante o dia de hoje, Atlanta viu manifestações ocorrerem, a exemplo do que já vinha acontecendo no país.

Hoje, Erika Shields, então chefe da polícia de Atlanta, deixou o cargo no qual estava desde 2016. A prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, ainda determinou a demissão dos policiais envolvidos no caso.

"A chefe Erika Shields é uma sólida integrante do Departamento de Polícia de Atlanta há mais de duas décadas e tem um profundo e permanente amor pelo povo de Atlanta", afirmou a prefeita em comunicado.

"E devido ao seu desejo de que Atlanta seja um modelo de como deve ser uma reforma significativa em todo o país, a chefe Shields se ofereceu para se afastar imediatamente da posição de chefe de polícia, para que a cidade possa avançar com urgência e reconstruir a confiança tão necessária em toda a nossa comunidade", completou.