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Twitter coloca selo de 'mídia manipulada' em vídeo postado por Trump

Presidente dos EUA, Donald Trump - TOM BRENNER
Presidente dos EUA, Donald Trump Imagem: TOM BRENNER

Do UOL, em São Paulo

18/06/2020 23h52

O Twitter adicionou hoje à noite o selo de "mídia manipulada" em um post feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A publicação do republicano traz um vídeo cuja mensagem inicial ironiza: "criança foge de bebê racista".

Como apontou o New York Times, o vídeo foi alterado para parecer como se a CNN o tivesse transmitido. A mensagem também diz: "Bebê racista provavelmente é um eleitor de Trump". As imagens ainda acusam as fake news de alimentarem a desinformação no País.

Trump indicou que a fonte do vídeo é de um criador de memes e apoiador do presidente, chamando de "CarpeDonktum". O Twitter adicionou o selo explicando que o tweet contém informação manipulada.

As políticas da rede social proíbem o compartilhamento de vídeos, fotos ou áudio que "foram alterados ou fabricados" para enganar os espectadores e que têm o potencial de causar danos.

Foi a primeira vez que o Twitter usou esse rótulo em particular em uma das postagens de Trump, mas não o primeiro embate com o presidente dos EUA.

Em 26 de maio, o Twitter classificou dois posts de Trump como "potencialmente enganosos". Nas publicações, o republicano alega falsamente que as cédulas de votação enviadas através do correio são fraudulentas.

Recentemente, um executivo do Twitter disse que é possível suspender a conta de Trump se ele continuasse publicando mensagens incendiárias, como as relacionadas aos protestos pelo assassinato de George Floyd.

Com 81,7 milhões de seguidores, a @realDonaldTrump é uma das 10 contas mais populares do Twitter, mas Trump está em conflito com a rede social, da qual faz uso diariamente, já que esta tomou a decisão, no mês passado, de notificar dois de seus tuítes sobre a votação pelos correios.

Hoje, o Facebook anunciou ter excluído mais de 80 anúncios da campanha eleitoral do presidente por violação às regras contra o ódio organizado.

Segundo a empresa, os posts, que faziam ataques ao movimento Antifa (antifascista) e a grupos de extrema-esquerda, levavam um símbolo — um triângulo vermelho invertido — usado pelos nazistas para identificar prisioneiros políticos.

Os anúncios, segundo o jornal britânico The Independent, foram compartilhados nos perfis oficiais do presidente e de seu vice, Mike Pence, além da página "Team Trump".

As postagens alegavam que o Antifa e os movimentos de extrema-esquerda estariam "destruindo" cidades norte-americanas durante os protestos antirracismo e contra a violência policial que vêm acontecendo no país.