Polícia prende 45 manifestantes em ato antirracista em Seattle, nos EUA
Confrontos em um protesto do Black Lives Matter em Seattle, no estado de Washington, nos Estados Unidos, terminaram com 45 manifestantes detidos e 21 policiais feridos neste sábado (25).
A polícia de Seattle informou que os agentes de segurança usaram armas não-letais, como spray de pimenta e bomba de efeito moral, para tentar dispersar milhares de manifestantes, depois que alguns deles atearam fogo no local de construção de um centro de detenção infantil e um tribunal.
Segundo a polícia, 21 agentes ficaram feridos após serem atingidos por tijolos e explosivos disparados pelos manifestantes. Um dos agentes, ainda de acordo com a polícia, foi levado para o hospital com uma lesão no joelho.
O presidente Donald Trump disse na quinta-feira (23) que iria expandir o envio de tropas federais para Seattle, causando a fúria de autoridades locais e de ativistas.
"Nunca haverá uma 'Zona Autônoma' em Washington D.C. enquanto eu for presidente. Se tentarem, terão de enfrentar uma grande força", escreveu o presidente em seu perfil no Twitter na ocasião.
O protesto em Seattle foi organizado em solidariedade aos manifestantes da cidade de Portland, que um dia antes entraram em confronto com as tropas federais enviadas ao estado do Oregon.
Ainda na sexta-feira (24), promotores indiciaram 18 manifestantes de Portland, acusados de agredir policiais e incendiar e invadir propriedades.
O governo Trump também enviou as tropas federais para Chicago, Kansas City e Albuquerque, apesar da objeção dos prefeitos dessas cidades. A prefeita de Seattle e o governador do estado de Washington haviam advertido para a possibilidade de as tensões aumentarem, como ocorreu em Portland.
As forças federais foram criticadas por políticos democratas e entidades de direitos civis, que afirmam haver uso excessivo da força e abuso do governo Trump.
O envio de agentes federais é alvo de questionamento do inspetor-geral do Departamento de Justiça, que abriu investigação sobre uso de força excessiva pelos policiais, e levou um juiz federal a baixar uma liminar limitando o uso da força e proibindo os agentes de prenderem jornalistas e observadores.
(* com informações da Reuters e da AFP)
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