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China ameaça retaliação por 'ações hostis' dos EUA contra jornalistas

Wang Wenbin, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China - Artyom Ivanov/TASS via Getty Images
Wang Wenbin, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China Imagem: Artyom Ivanov/TASS via Getty Images

Do UOL, em São Paulo*

04/08/2020 09h59Atualizada em 04/08/2020 10h51

O governo chinês disse hoje que planeja retaliação se Washington continuar o que descreveu como "ações hostis contra jornalistas chineses" que estão nos Estados Unidos. As autoridades chinesas não deixaram claro qual medida seria adotada.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, afirmou que nenhum jornalista chinês nos Estados Unidos teve seu pedido de renovação de visto aprovado desde maio, quando Washington decidiu limitar a validade do documento a 90 dias.

"Os EUA estão intensificando suas ações contra jornalistas chineses", disse Wenbin a repórteres. "Os EUA precisam corrigir esse erro imediatamente e parar com essas ações", criticou o porta-voz.

Ele não disse quantos jornalistas chineses foram afetados ou qual retaliação a China poderia considerar, mas o editor do jornal chinês Global Times afirmou anteriormente que jornalistas norte-americanos baseados em Hong Kong poderiam estar entre os alvos se os profissionais chineses forem forçados a deixar os EUA.

Briga por consulados

Nas últimas semanas, a tensão entre os dois países aflorou quando o governo americano ordenou o fechamento do consulado chinês em Houston. Washington deu 72 horas para o fechamento do consulado "para proteger propriedade intelectual e informações particulares norte-americanas".

Como resposta, a China fechou o consulado americano em Chengdu. Segundo Wenbin, o fechamento foi "uma resposta legítima e necessária às medidas pouco razoáveis adotadas pelos Estados Unidos."

*Com informações da Reuters