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Mulher fica cega de um olho ao usar lente de contato infectada com parasita

Charlotte Clarkson ficou cega de um olho por conta de um parasita de água de torneira; a jovem lavou suas lentes de contato com água contaminada pelo protozoário - Reprodução/Mirror
Charlotte Clarkson ficou cega de um olho por conta de um parasita de água de torneira; a jovem lavou suas lentes de contato com água contaminada pelo protozoário Imagem: Reprodução/Mirror

Do UOL, em São Paulo

02/10/2020 13h13

Na capital da Escócia, Edimburgo, uma jovem chamada Charlotte Clarkson, de 25 anos, ficou cega do olho direito após usar suas lentes de contato mal higienizadas. A mulher tinha as lavado com água de torneira - inadequada para este tipo de material - que depois se mostrou contaminada por um protozoário que causa infecções graves, que podem resultar até na remoção completa de um olho.

O parasita aderiu a córnea direita da mulher, que na ocasião estava trabalhando como diretora de um acampamento de verão para crianças no Canadá. Certa noite no acampamento ela colocou, como de costume, suas lentes corretivas —as quais usava desde seus 13 anos de idade.

Porém Charlotte teve uma verdadeira surpresa na manhã seguinte: acordou com o que parecia ser um "grão de areia" no olho. Teve cada vez mais dor e ficou com órgão responsável pela visão inchado e avermelhado.

Depois de passar por um médico e um oftalmologista e ser medicada com um colírio antibiótico, a situação só piorou e a mulher começou a ficar sensível à luz. Foi diagnosticada erroneamente com ceratite por vírus da herpes, o que complicou seu quadro.

Somente depois, com cerca de dois meses de atraso, foi dado o veredicto correto à mulher. Era sim uma ceratite, mas na verdade pelo protozoário Acanthamoeba keratitis. Charlotte teve a notícia de que havia sido atormentada pelo parasita quando retornou à Escócia, onde ficou internada em um hospital por quatro dias. Durante esse período, para combater o dano do micróbio, ela foi medicada com um colírio antisséptico, uma vez por hora.

Apesar do tratamento intenso, seu olho ficou tão pouco tolerante à luz, que, após ganhar alta, a paciente ficou três dias na escuridão, na casa dos pais. "Eu estava presa em casa e acamada. Eu não conseguia nem assistir a um filme ou ler, porque o mundo era literalmente brilhante demais para mim", relatou Charlotte, de acordo com o site britânico The Daily Mail.

Hoje a jovem se adaptou à sua vida nova, agora sem visão na parte direita, e trabalha de babá. Sua única esperança para voltar a enxergar como antes seria um transplante de córnea, no qual sua parte ocular afetada seria substituída por uma doada.