Kennedy: Bolsonaro leva Biden a tratar Brasil como 'república de bananas'

Na última terça-feira o mundo acompanhou primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA. Convidado especial do podcast Baixo Clero #59, o colunista do UOL Kennedy Alencar enfatizou que foi um debate que contribuiu pouco, e que assuntos importantes, como a pandemia e a vida tributária de Trump, ficaram em segundo plano.

"Trump não foi para debater, o que ficou no debate foram só ruídos", comenta Kennedy. "Por muito tempo pareceu um ringue, uma briga", completou Maria Carolina Trevisan, colunista do UOL. (Ouça a partir do minuto 12:30)

Segundo Diogo Schelp, colunista do UOL, as interrupções de Trump podem fazer parte de sua estratégia. "É uma dupla tática, a primeira é de desestabilizar o adversário Joe Biden. A segunda, é passar para os próprios apoiadores que ele está isento de respeitar as regras do jogo, tanto do debate, como da democracia", comenta Schelp. "Dá a impressão de que ele está preparando o terreno caso ele perca", completa. (Ouça a partir do minuto 4:00)

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Durante o debate, Joe Biden prometeu US$ 20 bilhões para combater a devastação da Amazôni. A fala gerou instatisfação por parte do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

"É um erro um estado nacional se submeter aos interesses dele a outro estado nacional", comentou Kennedy. "Com o Bolsonaro, fomos além, ele submeteu os interesses do estado brasileiro aos interesses do Trump, e só numa situação dessas foi possível fazer com que Biden pudesse tratar o Brasil como uma federação de bananas", finaliza. (Ouça a partir do minuto 16:30)

A situação na corrida presidencial nos EUA deve se tornar ainda mais imprevisível com a confirmação de que Trump foi infectado pelo novo coronavírus. Na sexta, o democrata Biden também foi submetido a teste. Durante o debate, eles não trocaram apertos de mão e ficaram separados por mais de dois metros de distância.

O episódio do podcast Baixo Clero #59 discutiu ainda a tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em criar um programa de renda para substituir o Bolsa Família e a briga pública de Paulo Guedes e Rodrigo Maia. Além de repercutir uma reportagem exclusiva do UOL que mostrou mais repasses de assessoras ao senador Flávio Bolsonaro, no suposto esquema de rachadinhas.

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