Trump vence em apenas cinco das 50 cidades mais populosas dos EUA
Com a apuração das eleições americanas no fim em quase todos os estados, o presidente Donald Trump vence em apenas cinco das 50 maiores cidades nos Estados Unidos. Ao todo, Trump perde em todas as cidades com mais de 1 milhão de habitantes, de Nova York ao Texas.
Os condados mais populosos têm impulsionado Biden e, em estados ainda em disputa, podem ser o ponto de uma possível vitória do democrata.
Entre as 50 cidades mais populosas segundo o censo norte-americano de 2019, Trump vence em Arlington e Fort Worth, no Texas; Oklahoma City e Tulsa, em Oklahoma; e Colorado Springs, no azul Colorado. As outras metrópoles, mesmo em estados em que ele ganhou, deram preferência a Biden.
Em Indiana, por exemplo, Trump ganha por 17 pontos percentuais de vantagem, mas em Marion County, onde fica a capital Indianapolis, Biden vence com 63,2% contra 34,5% do republicano.
O mesmo acontece nos vermelhos Kentucky (com Louisville), Missouri (Kansas City), Nebraska (Omaha) e Ohio (Columbus). Em Nova Orleans (Louisiana), Biden ganha por 83% contra apenas 15% do republicano. No estado, Trump leva por 58,5% contra 39,8%.
Na Flórida, embora tenha ganhado com 51,2%, Trump perde nas três cidades mais populosas (Jacksonville, Miami e Tampa).
Já no republicano Texas, embora ganhe em duas metrópoles e no estado, o presidente perde em outras cinco que compõe a lista (Austin, Dallas, El Paso, Houston e San Antonio). As duas em que ganhou estão no mesmo distrito, Taranta County, no coração do estado.
No Tennessee, que deu 60,7% dos votos aos republicanos, os dois únicos distritos que não fizeram isso foram logo os das duas maiores cidades, Memphis e Nashville.
O contrário não é verdadeiro: Trump não venceu na cidade mais populosa de nenhum estado em que perdeu.
Na verdade, Colorado Springs, a segunda maior cidade do Colorado depois de Denver, é a única cidade da lista que votou em Trump: o estado escolheu Biden.
Grandes centros influenciam em estados fechando
As grandes cidades não só foram relevantes para a virada de Biden em alguns estados, como Minnesota e Michigan, como também estão fazendo a diferença em estados que ainda estão em apuração — e que podem decidir a eleição em prol do democrata.
Na Pensilvânia, a Filadélfia, sexta cidade mais populosa dos Estados Unidos, está dando 80% dos votos para Biden, com 86% das urnas locais apuradas. Assim, "segura" a vitória de Trump no estado, que parecia assegurada.
O mesmo acontece na republicana Geórgia. O distrito em que fica Atlanta deu 72,6% de votos para Biden e pode ser um dos responsáveis de uma improvável, porém não impossível, virada do democrata no estado.
Os estados em apuração em que Biden está à frente, Arizona e Nevada, também são impulsionados pelas suas duas maiores cidades. Com 88% das urnas apuradas, Las Vegas dá uma margem de 7,9 pontos percentuais para Biden, ao passo que a diferença em Nevada é de apenas 0,9 ponto (com 89% das urnas).
Em Phoenix, com 86% de apuração, o democrata tem vantagem de 2,4 pontos percentuais, quase o dobro da vantagem no Arizona, de 2,4 pontos e os mesmo 86% apurados.
Até na Carolina do Norte, que deve ficar com Trump, a vitória do republicano poderia ser ainda mais expressiva se as duas cidades mais populosas, Charlotte e Raleigh, não dessem, respectivamente, 66,7% e 62,6% de votos para Biden.
Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as agências de notícias e veículos de comunicação como AFP, AP e Fox fazem extrapolações estatísticas e apontam os vencedores por estado. A AFP chegou a considerar definida a apuração do Arizona — e Joe Biden somava mais 11 votos até a manhã desta quinta-feira (5). A contagem de votos continua no estado.
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