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Ninho de 'vespas assassinas' destruído por cientistas abrigava 200 rainhas

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/11/2020 14h45Atualizada em 13/11/2020 00h27

Um ninho de vespas gigantes asiáticas que foi destruído no dia 24 de outubro por entomologistas em Washington, nos Estados Unidos, continha um total aproximado de 200 rainhas da espécie de insetos. Os especialistas descobriram o fato no dia 29 do mês passado, ao abrir a árvore onde as criaturas voadoras haviam se instalado.

Popularmente conhecidas como "vespas assassinas", alguns exemplares de Vespa mandarinia foram localizados pelos experts em 2019, por meio de rastreadores implantados nos insetos. Até que, em outubro de 2020, os profissionais finalmente encontraram o ninho de onde eles vinham.

A moradia das vespas foi então sugada por uma mangueira a vácuo. Inicialmente, nessa operação os especialistas identificam 85 moradoras do ninho — a maioria operárias, e apenas duas rainhas. Entretanto, ao abrirem a árvore onde estava a casa, eles perceberam que estavam enganados, pois havia bem mais insetos.

Na verdade, mais 76 rainhas estavam presentes, além de cerca de 108 células cobertas com pupas — que também são provavelmente rainhas. Fora isso, havia outras três "majestades", que foram capturadas nas proximidades em um balde d'água.

Com isso, os pesquisadores, que trabalham para o Departamento Estadual de Agricultura de Washington, concluíram que evitaram um desastre ao já terem aniquilado o ninho. Segundo eles, as 200 rainhas poderiam ter cada uma delas facilmente reinado outros ninhos de "vespas assassinas".

"Não há dúvida de que, se não tivéssemos intervindo e destruído este ninho, estaríamos começando com aquele número de 200 como uma [mera] possibilidade", explicou o entomologista Sven-Erik Spichiger, ao site da CNN. "Realmente parece que chegamos lá na hora."

Uma 'vespa assassina' - Wikimedia Commons - Wikimedia Commons
Um exemplar de Vespa mandarinia dessecado
Imagem: Wikimedia Commons

As 'vespas assassinas' são perigosas?

As vespas gigantes asiáticas são insetos invasores — ou seja, não são nativos — dos Estados Unidos e podem desequilibrar o ecossistema local. Além disso, ninhos dessas criaturas podem abrigar até 4 mil células, mas o ninho destruído tinha "apenas" 776 dessas cavidades, o que o torna relativamente pequeno.

O perigo real das "vespas assassinas" é que elas ameaçam outras espécies de insetos, podendo dizimar uma colônia de abelhas em poucas horas. Para os humanos, o risco também está presente: na Ásia, cerca de 40 pessoas morrem por ano em decorrência de picadas.

Pensando nisso, o departamento responsável pela captura desses insetos pretende rastrear a área de Washington por mais 3 anos para evitar que ninhos adicionais já existam ou surjam na região.