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Mulher morre de câncer cervical após 15 erros de diagnóstico na Inglaterra

Após 15 diagnósticos falhos, Emma Swain recebeu a notícia de que tinha câncer cervical - Reprodução/Facebook
Após 15 diagnósticos falhos, Emma Swain recebeu a notícia de que tinha câncer cervical Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/11/2020 18h07

Emma Swain morreu aos 22 anos na Inglaterra devido a um câncer cervical, após 15 erros na tentativa de diagnosticar a doença. Um simples exame preventivo já poderia ter identificado o quadro, mas a jovem foi sempre "informada para não se preocupar", segundo o site do jornal britânico Daily Mirror.

Os primeiros sintomas apareceram em maio de 2013, quando Emma foi informada de que era "jovem demais para se preocupar com um câncer" e que sentia desconfortos devido apenas às pílulas anticoncepcionais que estava tomando.

Ela chegou a ter dores nas costas e sangramento após fazer sexo e solicitou um exame de esfregaço, que foi negado, pois era apenas realizado em mulheres de mais de 25 anos.

O clínico geral da paciente apontou ainda que Emma sofria de "efeito Jade Goody". O fenômeno descreve uma "vontade massificada" de fazer o exame, que foi impulsionada depois que a estrela de reality show, Jade Goddy, faleceu aos 27 anos de câncer cervical, em 2009.

Sem ter acesso ao esfregaço preventivo, Emma consultou o clínico geral mais 14 vezes, e tudo que o médico pediu foi para ela mudar a marca da pílula concepcional por cinco vezes. O diagnóstico correto de câncer só veio em dezembro de 2013, quando já era tarde.

"Confiamos que essas pessoas [os profissionais] soubessem o que estavam fazendo. Nunca vou perdoá-los", lamentou Daren, o pai de Emma. "Ter visto um de seus filhos passar por isso e saber que poderia ter sido evitado é incrivelmente difícil de aceitar", acrescentou.

O familiar recebeu uma indenização pela negligência médica depois de seis anos de batalha judicial. Dois médicos e uma enfermeira do grupo médico londrino The Haling Park Partnership pediram desculpas pela morte de Emma.

"Admitimos que se os cuidados e o tratamento prestados à sua filha tivessem sido de um padrão razoável, no equilíbrio das probabilidades, ela teria sobrevivido", diz um documento emitido pelo grupo.