Topo

Esse conteúdo é antigo

Estudante paga faculdade de física vendendo peças íntimas usadas em site

A estudante de física ainda contou que a venda das roupas íntimas a ajuda no pagamento da faculdade - Reprodução/TheSun
A estudante de física ainda contou que a venda das roupas íntimas a ajuda no pagamento da faculdade Imagem: Reprodução/TheSun

Do UOL, em São Paulo

07/12/2020 10h54

A estudante Mel Brown, de 30 anos, teve uma ideia inusitada para conseguir dinheiro para pagar a faculdade de física: ela começou a vender as suas meias-calças e peças íntimas usadas para realizar as fantasias sexuais dos compradores. Agora, a mulher ganha 600 libras esterlinas (cerca de R$ 4 mil) por mês com a venda dos itens em um site.

A ideia surgiu quando Mel, em março, vendeu algumas máscaras de Halloween usadas em um site de vendas e recebeu uma proposta oferecendo o pagamento de 15 libras esterlinas (aproximadamente R$ 100) pela venda de luvas de limpeza usadas por ela. Mel então viu a oportunidade de vender os produtos para realizar o desejo inusitado dos clientes, e ainda conseguir pagar a sua formação.

Desde então, a loja online da estudante com a venda dos produtos já recebeu a visualização de mais de 20 mil pessoas em poucos meses e a demanda está tão alta que ela quase não precisa lavar roupa pois usa os produtos duas vezes no máximo e já coloca os itens para a venda visto a alta quantidade de clientes.

A moradora da cidade de Newcastle, na Inglaterra, disse ao site The Sun que a demanda pelos produtos realmente está alta. "Costumo usá-las [peças íntimas] por cerca de dois dias e apenas sigo a minha vida diária; faço caminhadas e saio para correr com elas, mas, às vezes, recebo pedidos [demais e não consigo usar as peças por mais tempo]."

Ela ainda revelou que os clientes estão pedindo "produtos" cada vez mais inusitados.

"Certa vez fui solicitada a usar meia-calça com sandálias e pisar em alguns doces cozidos e frutas frescas. Eles [clientes] queriam que eu empacotasse os doces e frutas e mandasse para eles junto com um vídeo. Foi apenas um vídeo de dez segundos [pisando nas frutas]. Mas ganhei 45 libras [R$ 307] por ele [o vídeo]."

A maioria das vendas de Mel são internacionais e suas peças íntimas usadas vão parar na América, no Canadá e até mesmo nas Ilhas Cayman. "Acho a popularidade internacional estranha, já que cobro 11 libras [R$ 75] esterlinas pelo [envio das peças por] correio, o que acho caro", explicou.

Produtos populares

Mel conta que as calcinhas estão entre os produtos mais pedidos pelos clientes.

"Calcinhas são definitivamente as [vendas] mais populares. Normalmente recebo um novo pedido a cada dia e meio, então estou perdendo muito do meu guarda-roupa por causa disso. [Mas,] Estou feliz que elas estejam sendo usadas."

Mel disse que as calcinhas estão entre os produtos mais comprados na loja dela - Reprodução/Site/The Sun - Reprodução/Site/The Sun
Mel disse que as calcinhas estão entre os produtos mais comprados na loja dela
Imagem: Reprodução/Site/The Sun

A mulher também abriu uma conta no site OnlyFans, onde criadores vendem os seus conteúdos, e contou que as solicitações na plataforma também são diferentes.

"As pessoas são muito exigentes. Um homem queria que eu me sentasse em um banquinho totalmente vestida em ângulos realmente específicos", disse Mel. "Ele queria que eu cruzasse as pernas de uma maneira particular e, embora eu tenha enviado três ou quatro [versões dos] vídeos, apenas um estava correto."

O namorado dela está ciente do negócio da jovem e é favorável a atividade da estudante, apesar de "revirar os olhos" quando vê os presentes que a mulher ganha dos admiradores. Entre eles, produtos de beleza, joias, chocolates e até mesmo dinheiro.

Mel pontua que o dinheiro realmente ajuda a pagar a sua faculdade, comprar itens necessários para o curso e até mesmo adquirir novas peças íntimas que ela vende.

Ela explicou que desenvolveu uma amizade com um homem que enviou 120 libras esterlinas para ela sem qualquer motivo. "Ele me manda 50 libras esterlinas [R$ 380] a cada duas semanas sem motivo — embora eu agradeça a ele com algumas fotos atrevidas ou um vídeo meu fingindo que estou prestes a me despir, e depois não vou."

A estudante ainda explica que a família e os seus amigos não sabem dos seus negócios, mas está divulgando seu trabalho agora para que outras mulheres saibam que ela teve sucesso e se inspirem a empreender.

"Quero que as mulheres saibam que não é ilegal [vender esses produtos] e é uma forma perfeitamente viável para estudantes ganharem dinheiro — você não precisa enviar nenhuma foto de nudez para ter lucro. As mulheres têm muito a oferecer e nunca devem fazê-lo de graça", finalizou.