EUA: Suprema Corte rejeita pedido de Trump e mantém resultados em 4 estados
A Suprema Corte dos EUA rejeitou o processo movido pelo procurador-geral do Texas, Ken Paxton, que buscava anular os resultados nos estados da Pensilvânia, Geórgia, Michigan e Wisconsin, todos vencidos pelo candidato democrata Joe Biden.
O presidente dos EUA, Donald Trump, entrou como parte no processo para tentar impugnar milhões de votos nesses quatro estados. Além dele, 18 estados e 126 parlamentares entraram na ação.
A tentativa buscava alterar o resultado, que dá a vitória a Biden nas eleições. O democrata terá 306 votos no colégio eleitoral contra 232 do republicano. O colégio eleitoral irá se reunir na segunda-feira (14) para oficializar o triunfo de Biden.
Na decisão de hoje, a Suprema Corte alega que ação movida por Paxton "não demonstrou judicialmente" razões que provem o erro de conduta nas eleições nos quatro estados citados.
Os nove integrantes da corte, entre eles três nomeados pelo presidente, concluíram que o Texas não tem o direito de interferir na organização das eleições em outros estados. Trump, que não reconhece a derrota eleitoral, havia estimado que esse recurso era "muito sólido" ao intervir pessoalmente no caso.
Mais uma derrota judicial
Para a imprensa americana, a rejeição é um sinal claro de que Donald Trump não deve conseguir reverter no âmbito judicial o resultado da eleição. Nas últimas semanas, o presidente tentou com várias ações reverter a decisão, tanto nas esferas estaduais quanto na nacional, mas não teve sucesso. Apenas nesta semana a candidatura teve derrotas judiciais em outros quatro processos movidos nos estados da Pensilvânia, Nevada, Michigan e Geórgia.
Na terça-feira, a Suprema Corte já havia rejeitado, por unanimidade, um recurso movido por aliados de Trump na Pensilvânia para suspender a certificação da vitória de Biden no estado. Em Nevada, o recurso da campanha foi rejeitado por falta de provas de que houve algum tipo de fraude eleitoral nos votos recebidos — mesmo argumento apontado por um tribunal inferior na última semana. Caso semelhante ocorreu em Michigan e Geórgia, onde os juízes não consideraram haver evidências das acusações apresentadas.
Na quarta-feira, ao anunciar que havia se associado ao pedido do procurador-geral do Texas, Trump afirmou que houve fraude nas eleições, mas não apresentou provas.
Desde 3 de novembro, o republicano alega, sem apresentar provas, que houve fraudes no processo eleitoral que deu a vitória a Biden. Mas Trump já perdeu oficialmente, com a certificação em cada estado, no colégio eleitoral — em placar que ficou em 306 a 232 para o democrata. No voto popular, Biden teve mais de sete milhões de votos de vantagem sobre o atual presidente.
Após todos os estados protocolarem formalmente o resultado da eleição presidencial, o Colégio Eleitoral deve, na segunda-feira, eleger oficialmente Joe Biden como o próximo presidente americano
(*Com ANSA e AFP)
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