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Inglaterra: Número de internações por covid-19 supera o pico da 1ª onda

Arquivo - Número de internações por covid-19 supera o pico da 1ª onda na Inglaterra - Hannah McKay/Pool/AFP
Arquivo - Número de internações por covid-19 supera o pico da 1ª onda na Inglaterra Imagem: Hannah McKay/Pool/AFP

Do UOL, em São Paulo

29/12/2020 07h25Atualizada em 29/12/2020 11h14

Dados oficiais mostram que mais pessoas estão atualmente hospitalizadas por causa da covid-19 na Inglaterra do que no primeiro pico da pandemia, registrado na primavera (outono no hemisfério sul).

Segundo levantamento do NHS (serviço nacional de saúde, na sigla em inglês), havia 20.426 pacientes em hospitais na manhã de ontem (horário local), o que é maior do que o pico registrado anteriormente — 18.974 em 12 de abril.

Simon Stevens, chefe executivo do NHS da Inglaterra, alertou que os profissionais da saúde estão de volta "ao olho da tempestade".

"Este nível muito alto de infecção é uma preocupação crescente em um momento no qual nossos hospitais estão em seu estado mais vulnerável", disse Yvonne Doyle, diretora médica da Saúde Pública da Inglaterra.

O Reino Unido registrou 41.385 novos casos de covid-19 ontem, um recorde diário.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e seus conselheiros científicos disseram que uma variante do coronavírus que pode ser até 70% mais transmissível está se disseminando velozmente no Reino Unido, embora não se acredite que ela seja mais mortífera ou cause uma doença mais grave.

Isso provocou a adoção de medidas de convívio social rígidas para Londres e o sul inglês, e os planos para amenizar as restrições no Natal em todo o país foram reduzidos dramaticamente ou totalmente descartados.

Stevens disse que as vacinas fornecem esperança e estimou que todas as pessoas vulneráveis poderiam ser vacinas contra o coronavírus no final da primavera de 2021, ou seja, no fim de junho.

Estudo: Vacinar 2 mi por semana para evitar 3ª onda

O Reino Unido deve vacinar dois milhões de pessoas por semana para evitar uma terceira onda do coronavírus, segundo a conclusão de um estudo da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

"O cenário de intervenção mais rigoroso com nível 4 (restrições) em toda a Inglaterra e escolas fechadas em janeiro e 2 milhões de indivíduos vacinados por semana, é o único cenário que consideramos que reduz a carga de pico de UTI abaixo dos níveis vistos durante a primeira onda ", diz o estudo, que ainda não foi revisado por pares.

O governo britânico disse que garantiu acesso antecipado a 357 milhões de doses de vacinas por meio de acordos com vários desenvolvedores.

No dia 8 de dezembro, uma mulher de 90 anos se tornou hoje a primeira pessoa do mundo a receber a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Pfizer e BioNTech como parte da campanha de imunização iniciada no Reino Unido.

* Com informações da AP e Reuters