Biden defende que Trump não tenha mais acesso a relatórios da inteligência
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou acreditar que seu antecessor, Donald Trump, não deveria ter mais acesso a relatórios confidenciais de inteligência — é uma tradição que presidentes continuem tendo esta permissão mesmo depois que deixem o cargo.
Na avaliação do democrata, no entanto, Trump não deveria usufruir disto por causa de seu "comportamento errático".
Questionado em uma entrevista ao "CBS Evening News" se achava que Trump deveria receber um briefing de inteligência se solicitasse, Biden disse: "Eu acho que não."
Quando perguntado sobre qual seu receio do que possa acontecer se o republicano continuar a receber os documentos, Biden disse que preferia "não especular em voz alta".
"Só acho que não há necessidade de ele ter os briefings de inteligência. Qual é o valor de dar a ele um briefing de inteligência? Que impacto ele tem, a não ser o fato de que ele pode 'escorregar' e dizer algo?", questionou.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse à CNN na quinta-feira que "o grupo de inteligência apoia pedidos de briefings de inteligência feitos por ex-presidentes e analisará quaisquer pedidos recebidos, como sempre fizeram".
No fim de janeiro, Biden se manifestou sobre o possível impeachment do ex-presidente, dizendo achar que "tem que acontecer".
O impeachment de Trump foi aprovado na Câmara dos deputados em 13 de janeiro, poucos dias antes do fim do mandato dele. Ele é acusado de incitar a invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro.
Nesta semana, os advogados de Trump rejeitaram a acusação, replicando que ele "cumpriu suas tarefas de presidente plena e fielmente" e afirmando que suas alegações de que a derrota eleitoral foi resultado de uma fraude generalizada - o que não tem fundamento - estão protegidas pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
Os advogados do ex-presidente rejeitaram na quinta-feira (4) uma solicitação dos democratas para que ele prestasse depoimento em seu julgamento de impeachment no Senado na próxima semana, classificando o convite como uma "manobra de relações públicas".
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