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George Floyd: policiais acusados querem adiar julgamento após acordo vazar

Ex-policiais de Mineápolis indiciados em caso George Floyd - HCSO
Ex-policiais de Mineápolis indiciados em caso George Floyd Imagem: HCSO

Do UOL, em São Paulo

19/02/2021 16h17

Os advogados de três dos policiais acusados pela morte de Gorge Floyd entraram com pedido para retirar as acusações contra eles alegando que o vazamento do acordo proposto a outro policial poderia "contaminar" o júri.

Os três ex-oficiais Tou Thao, J. Alexander Kueng e Thomas Lane devem ser julgados em 23 de agosto, enquanto Derek Chauvin, policial que sufocou Floyd com o joelho, vai a julgamento no início de março.

Na semana passada, o jornal "The New York Times" revelou que Chauvin concordou em se declarar culpado pelo assassinato poucos dias após a morte de Floyd. No entanto, o ex-procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, negou o acordo por considerá-lo "brando demais", segundo informações do "Daily Mail".

Agora, os três ex-advogados dos policiais acusam ex-procurador-geral de ter vazado, "direta ou indiretamente", os detalhes do acordo. Para Robert Paule, advogado de Tou Thao, a informação sobre o acordo agora cancelado de Chauvin poderia "manchar irreversivelmente" a imagem de Thao e negaria a ele "seu direito constitucional a um julgamento justo por jurados imparciais".

Paule apresentou ainda um pedido para que o procurador-geral de Minnesota Keith Ellison e os promotores Matthew Frank e Neal Katyal compareçam a uma audiência para enfrentar as sanções pelo vazamento.

Floyd foi detido por usar uma nota de US$ 20 falsificada em um supermercado em maio do ano passado, em Minneapolis. Após uma longa discussão na abordagem, Chauvin imobilizou Floy no chão pressionando o joelho contra o pescoço dele. Depois de alguns segundos, Floyd pediu socorro dizendo que não conseguia respirar. Ele morreu segundos depois.