Topo

Esse conteúdo é antigo

Aluno autista recebe propostas de emprego após carta viralizar no LinkedIn

Ryan Lowry, de 20 anos, conseguiu um emprego após viralizar com carta no LinkedIn, na qual ele explica que tem autismo - Reprodução/Linkedin/Ryan Lowry
Ryan Lowry, de 20 anos, conseguiu um emprego após viralizar com carta no LinkedIn, na qual ele explica que tem autismo Imagem: Reprodução/Linkedin/Ryan Lowry

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/03/2021 15h43

O estudante Ryan Lowry, de 20 anos, viralizou na rede social profissional LinkedIn com uma carta escrita à mão para seus futuros empregadores. No bilhete sincero, o americano informa que tem autismo e que gostaria de seguir carreira no ramo da animação ou em Tecnologia da Informação (TI).

A postagem com a foto da carta, publicada pelo aluno quando ele tinha 19 anos, alcançou 177 mil reações e mais de 5,9 mil comentários. No documento Ryan explica que é muito bom em matemática e tecnologia, além de que sabe aprender com rapidez.

Entretanto, ele sugere também que sua condição não neurotípica é vista com preconceito no mercado de trabalho. "Sei que alguém como você [recrutador] terá que apostar em mim, não aprendo como as pessoas 'típicas' aprendem", redige Ryan.

"Eu precisaria de um mentor para me ensinar, mas eu aprendo rápido, uma vez que você me explique, eu entendo. Eu prometo que se você me contratar e me ensinar, você ficará feliz por ter feito isso", completa.

Em entrevista à People, Rob Lowry, pai de Ryan, disse que a repercussão da carta fez surgirem várias ofertas de emprego para o jovem. Ele agora faz parte de um programa do distrito escolar público do estado norte-americano da Virgínia, que oferece ao estudante um treinamento no trabalho.

Atualmente, Ryan trabalha como barista em uma cafeteria local. A mãe dele, Tracy Lowry, disse que nunca imaginou os desdobramentos que teria a carta do filho.

Segundo ela, o caso até serviu de inspiração para outras pessoas com autismo. "Ficamos maravilhados com o número de pessoas com histórias como a de Ryan, que é uma parte muito bonita do que está acontecendo também", disse Tracy. "Eu choro lendo histórias de outras pessoas."

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta cerca de uma a cada 54 crianças, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Os sintomas variam, podendo ir de dificuldades de integração social, emocional a deficiência na comunicação.