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Israel instala urnas de votação em hospitais do país

Funcionários eleitorais de Israel vestidos com roupas de proteção são fotografados em uma ala coivd-19 no Centro Médico Sheba, perto de Tel Aviv - Yossi Zeliger/AFP
Funcionários eleitorais de Israel vestidos com roupas de proteção são fotografados em uma ala coivd-19 no Centro Médico Sheba, perto de Tel Aviv Imagem: Yossi Zeliger/AFP

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

23/03/2021 15h46

Os israelenses saíram de casa nesta terça-feira (23) para ir às urnas pela quarta vez em menos de dois anos. E para que todos consigam exercer o voto, o Comitê Central Eleitoral instalou urnas em leitos hospitalares. No país o voto é feito em papel.

Segundo o jornal Jerusalem Post, estima-se que em apenas um hospital, o Sheba Medical Center, aproximadamente mil pacientes votem nos sete pontos instalados no local. Na cidade de Ashdod, 100 pessoas hospitalizadas votaram no Hospital Samsom Assuta. Profissionais de saúde também usam os postos.

Para aqueles que cumprem quarentena foi autorizada a saída de carro para votar em postos drive-thru. Todos os envolvidos nesse sistema ficam protegidos com luvas e máscaras. Apesar disso, o movimento entre os pacientes com covid-19 em isolamento ainda é baixo. Das cerca de 1.600 pessoas inscritas para votar, apenas metade compareceu ao sistema.

A fim de garantir a segurança do processo, o comitê utiliza drones para monitorar os locais de votação. Caso sejam identificadas filas longas, haverá o remanejamento de eleitores para outras estações.

O pleito acontece porque em dezembro do ano passado o parlamento, conhecido como Knesset, foi dissolvido automaticamente ao não chegar a um acordo para a aprovação do orçamento do país. O atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de 71 anos, é o favorito. Ele está há mais de 12 anos no poder. Seu principal adversário é Yair Lapid, ex-ministro da Economia.

Mais de 56% da população israelense foi imunizada com pelo menos uma dose da vacina. Isso representa cerca de 5,1 milhões de pessoas. A maior parte já recebeu as duas doses da proteção da Pfizer, 50% da população. Segundo a agência de notícias Reuters, Israel teve a campanha mais rápida de vacinação mundo, ficando atrás apenas do pequeno território britânico de Gibraltar.

O sucesso da campanha reflete diretamente na queda do número de casos da doença. Em 24 de janeiro, o país chegou a registrar 8.962 contágios em 24 horas. Quase dois meses depois, em 22 de março, foram 524 contaminados.

Israel soma 829 mil pessoas contaminadas pela doença e 6,1 mil mortes pelo coronavírus.