Nova espécie de dinossauro similar a Tiranossauro é descoberta na Patagônia
Paleontólogos publicaram nesta terça-feira (30) a descoberta de uma nova espécie de dinossauro que viveu há cerca de 80 milhões de anos, na região da Patagônia, na Argentina. O réptil recebeu o nome científico de Llukalkan aliocranianus, cuja nomenclatura significa, respectivamente, "aquele que causa medo," no idioma indígena mapuche, e "crânio incomum", em latim.
A descoberta foi registrada na revista científica Journal of Vertebrate Paleontology. Os restos fossilizados do animal, que incluem sua caixa craniana preservada, foram localizados em 2015, durante escavações na Formação Bajo de la Carpa, no depósito La Invernada, na região noroeste da Patagônia.
A criatura tinha enormes garras, mordida poderosa e um sentido agudo de audição para caçar suas presas. Era muito parecido com um Tiranossauro (Tyrannosaurus rex) na aparência. Tanto que, assim como a famosa espécie, o L.aliocranianus tinha braços pequeninos e atarracados.
O tamanho dele era quase o de um elefante, com pelo menos 5 metros de comprimento. O crânio do animal — um dos principais predadores da Patagônia — era anormalmente curto e profundo. Mas, muitas vezes também tinha cristas, saliências e até chifres assustadores.
O dinossauro recém-identificado se soma a outras dez espécies de abelisaurídeos, uma família que governava no Cretáceo Superior a Patagônia e outras áreas do antigo supercontinente Gondwana, que engloba hoje a África, Índia, Antártica, Austrália e América do Sul.
"Esta é uma descoberta particularmente importante porque sugere que a diversidade e abundância de abelisaurídeos eram notáveis, não apenas na Patagônia, mas também em áreas mais locais durante o período crepuscular dos dinossauros", comenta em comunicado, publicado no site EurekAlert, o autor principal do estudo, Federico Gianechini, paleontólogo da Universidade Nacional de San Luis, na Argentina.
Em entrevista à CNN, Gianechini contou ainda que o dinossauro com nome científico "que dá medo" possui cavidades na área da orelha que outros abelisaurídeos não tinham, o que pode ter dado à espécie maior alcance auditivo.
"[...] Isso, junto com seu aguçado olfato, teria dado grande capacidade desta espécie como predador", citou também o especialista, que acredita que a descoberta indica a existência de mais abelisaurídeos ainda não descobertos.
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