Arqueólogos encontram máscara de ouro milenar durante escavações na China
Arqueólogos descobriram, no sábado (20), um tesouro repleto de artefatos com cerca de três mil anos, incluindo fragmentos de uma máscara de ouro, em Sanxingdui, um sítio de escavação na província chinesa de Sichuan.
Conforme relatado pelo site South China Morning Post, os pesquisadores, que começaram as escavações no local em 2019, encontraram mais de 500 objetos, sendo a maioria deles feitos em ouro, bronze, jade e marfim.
Os especialistas não têm certeza de quem fez os artefatos, mas as especulações oficiais apontam que os criadores do tesouro pertenciam ao estado Shu, uma civilização bem desenvolvida, que, no entanto, foi conquistada pelo estado vizinho de Qin em 316 a.C (antes de Cristo).
Um dos grandes destaques da descoberta é uma máscara de ouro, que pode ter sido usada por um sacerdote durante cerimônias religiosas, conforme relatado por Chen Sasha ao site Global Times.
Um grande destaque da descoberta é um fragmento de 0,27 kg de uma máscara de ouro que pode ter sido usada por um sacerdote durante cerimônias religiosas, relata Chen Shasha do Global Times. Com cerca de 84% de ouro puro, a peça provavelmente pesava cerca de 0,45 kg em sua totalidade, tornando-se uma das máscaras de ouro mais pesadas daquele período descobertas na China até hoje.
De acordo com um comunicado da Administração do Patrimônio Cultural Nacional da China, outras descobertas feitas no local incluíram dois tipos de seda. O primeiro foi encontrado espalhado entre as cinzas de uma das fossas, enquanto o segundo foi achado enrolado em objetos de bronze.
Tang Fei, chefe da equipe de escavação e chefe do Instituto de Pesquisa de Arqueologia e Relíquias Culturais da Província de Sichuan, disse à agência de notícias estatal Xinhua que a presença de seda em Sanxingdui indica que "o antigo Reino de Shu foi uma das origens importantes do seda na China antiga".
Outras descobertas importantes incluem artigos de bronze adornados com representações de animais e pássaros, esculturas de marfim e ornamentos de ouro. Alguns dos artefatos apresentam semelhanças com objetos encontrados ao longo do rio Yangtze, no sudeste da Ásia, sugerindo que a enigmática civilização Shu se envolveu em "amplas trocas com muitas áreas", conforme revelado por Zhao Congcang, arqueólogo da Northwest University em Xian, ao China Morning Post.
Song Xinchao, vice-diretor da Administração do Patrimônio Cultural Nacional da China, afirmou que as descobertas têm o objetivo de "enriquecer e aprofundar nossa compreensão da cultura Sanxingdui".
Apesar de ter produzido mais de três mil importantes achados, datados dos séculos 12 e 11 a.C, Sanxingdui atualmente não é reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco, mas integra uma lista provisória da entidade da ONU (Organização das Nações Unidas).
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