10 anos após morte de Bin Laden, Al Qaeda diz que guerra contra EUA seguirá
No próximo domingo, 2 de maio, completam-se 10 anos da morte de Osama Bin Laden, líde da Al-Qaeda, responsável, entre outros, pelos ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, matando quase 3.000 pessoas, em Nova York.
Enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anuncia a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão até setembro deste ano, dois integrantes da Al Qaeda afirmaram à rede CNN que a "guerra contra os Estados Unidos continuará em outras frentes, a menos que o grupo seja expulso de outros países islâmicos".
"Graças aos afegãos que nos protegeram, muitas dessas frentes jihadistas operam com sucesso em diferentes partes do mundo islâmico há muito tempo", disse o porta-voz do grupo ao responder a entrevista da CNN.
A guerra no Afeganistão, parte da campanha de "guerra contra o terror", iniciada na gestão de George W. Bush para combater o terrorismo, começou há 20 anos, em 2001, depois dos ataques do 11 de setembro.
Desde sua morte, o islamismo ultrarradical sofreu mutações. A Al Qaeda perdeu sua posição como a principal potência jihadista do mundo, em benefício do grupo Estado Islâmico (EI). Em vez de unir forças, as duas organizações travam uma guerra ideológica e militar implacável.
Saída das tropas
A data para o início do processo já havia sido acordada com o Taleban pelo governo de Donald Trump, derrotado nas urnas por Biden em 2020. Segundo o atual presidente, a retirada das tropas será feita sem pressa, de forma "segura" e "coordenada".
"Não vamos nos precipitar com a saída. Vamos fazer isso de forma responsável, deliberada e segura. Vamos fazer isso em plena coordenação com nossos aliados, que agora têm mais tropas no Afeganistão que nós. Que o Taleban saiba que, se nos atacarem enquanto retiramos as tropas, nós vamos nos defender e defender nossos aliados com todas as ferramentas que tivermos", afirmou Biden ao anunciar a retirada dos soldados.
O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, disse que falou com Biden antes de seu discurso e falou em parceria com os EUA. "A República Islâmica do Afeganistão respeita a decisão dos EUA e trabalharemos com nossos parceiros americanos para garantir uma transição tranquila", disse Ghani, em post no Twitter.
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